Everton Miguel dos Anjos, de 13 anos, ajudou na retirada dos resíduos (Foto: Leo Malafaia / AFP) |
Um
navio grego é o principal suspeito pelo derramamento de óleo no mar. De acordo
com O Globo, a Polícia Federal está investigando a embarcação que seria a
responsável pela contaminação de mais de 250 praias no Nordeste.
Segundo
a investigação, a embarcação atracou na Venezuela em 15 de julho e o
derramamento teria ocorrido a 700 quilômetros da costa brasileira entre os dias
28 e 29 de julho. Uma operação foi deflagrada nesta sexta-feira pela PF em
conjunto com a Interpol.
Estão
sendo cumpridos dois mandados de busca nesta sexta-feira (01) no Rio em sedes
de representantes e contatos da empresa grega responsável pelo navio. Os
mandados foram expedidos pela 14ª Vara Federal Criminal de Natal/RN, em sedes
de representantes e contatos da empresa grega no Brasil.
As
investigações foram realizadas de forma integrada com Marinha, Ministério
Público Federal, Ibama e as universidades Federal da Bahia (UFBA), de Brasília
(UnB) e Universidade Estadual do Ceará (Uece). Também houve apoio de uma
empresa privada do ramo de geointeligência.
De
acordo com as investigações, após atracar na Venezuela, onde ficou por três
dias, o navio seguiu para Singapura, tendo aportado apenas na África do Sul. O
derramamento teria acontecido durante esse translado.
Não
há ainda informações sobre quem seria o responsável pelo petróleo abastecido na
Venezuela. Foram solicitadas diligências adicionais à Interpol para buscar
dados adicionais sobre a embarcação, tripulação e empresa responsável.
A
investigação é pelo crime de poluição e por um artigo da legislação brasileira
que pune o fato de não ter havido comunicações às autoridades sobre o incidente
ocorrido em alto mar. O óleo que contamina as praias nordestinas desde 30 de
outubro deste ano já atingiu 286 localidades em 98 municípios nos nove estados
do Nordeste.
Do
Jornal Correio para a Rede Nordeste