Mulher foi agredida a caminho do trabalho após reclamar de uma manobra proibida. |
Após
discutir com o motorista, Débora Lino de Oliveira Rocha foi
seguida por ele até o trabalho. Um vídeo feito por uma testemunha
mostra o momento em que Débora levou um soco e um cuspe no rosto e
também xingada.
Em
entrevista ao Sistema Verdes Mares, o aposentado Antônio Marcos Freitas,
51 anos, relatou que as agressões foram respostas às ofensas sofridas por ele
pela auxiliar de consultório.
"Foi
ação e reação. Ela freou atrás do meu carro, eu pensei que ela tinha batido no
meu carro, porém, não tinha batido. Mas quando eu olhei, ela já estava fazendo
gestos obscenos, já estava falando palavras de baixo calão, e foi embora (...)
Quando eu parei, falei com ela já foi já falando palavrões (...) e eu acho que,
tudo que aconteceu, foi um ato de reação", conta o aposentado.
Antônio
Marcos disse que Débora "devia ter pensado antes de
xingar". "Ela me cuspiu, depois eu cuspi. Eu acho que nada
justifica a violência, seja qual tipo que for. Violência não justifica. Ela
também devia ter pensado antes de xingar (...). Eu a desculpo porque não sei
qual era o momento que ela estava passando. Peço perdão a todas as mulheres.
Perdão! Não é da minha índole. Agora vou fazer um pedido: não se escondam por
trás da lei que protege a mulher", disse.
O
homem foi encontrado dentro da residência dele, um apartamento na Praia de
Iracema, após investigações da polícia. A vítima e testemunhas também foram
chamadas para depor.
Discussão e
perseguição
Débora
Lino de Oliveira Rocha conta que estava seguindo para o trabalho quando no
cruzamento da avenida Santos Dumont com rua Otávio Lobo, foi trancada pelo
motorista.
Ela
relata que, após ser ofendida pelo motorista, fez um gesto obsceno para ele.
"Infelizmente, eu soltei um gesto obsceno e aí segui o meu caminho até o
meu trabalho e depois percebi que ele estava me seguindo, passando por cima de
calçada, de tudo para tentar chegar até o meu carro", relata.
Após
chegar ao trabalho e estacionar o carro, Débora conta que o motorista parou ao
lado e ameaçou agredi-la. "Quando eu estacionei o carro na frente do meu
trabalho, ele parou do meu lado, desceu do carro e disse: 'você vai levar uma
surra'. E aí, ele veio para cima de mim, me cuspiu e depois quando eu ia
revidar esse ato, ele socou o meu nariz".
Diário do Nordeste