"Arrecadou
menos porque metade das áreas não teve oferta. Segundo a nossa equipe, ministro
das Minas e Energia, Bento Albuquerque, o próprio [ministro da Economia] Paulo
Guedes, foi o maior leilão do mundo até o momento", disse ao deixar o
Palácio da Alvorada.
O
leilão do excedente do volume de petróleo e gás que a União cedeu à Petrobras,
realizado ontem (6), no Rio de Janeiro, teve uma arrecadação de R$ 69,960
bilhões em bônus de assinatura. A previsão era de até R$ 106,5 bilhões, mas
dois dos quatro blocos não receberam ofertas das 14 empresas habilitadas a
participar.
Mesmo
sem a licitação de duas das quatro áreas, o leilão teve a maior arrecadação da
história dos certames promovidos pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural
e Biocombustíveis (ANP). A arrecadação de bônus de assinatura é a maior de
todos os outros leilões já realizados pela agência reguladora, somados.
Na
avaliação de Bolsonaro, é preciso ainda aproveitar o interesse do mercado nesse
tipo de energia, já que o mundo caminha para a diversificação da matriz
energética.
“Não
adianta ter petróleo embaixo da terra e não ter como explorá-lo. E vocês devem
estar sabendo que essa matriz que vem do fundo da terra a tendência é ir
diminuindo porque outras fontes de energia vão aparecendo no mundo",
afirmou.
Reforma
administrativa
O
presidente afirmou ainda que a proposta de reforma administrativa do governo
deve ser encaminhada ao Congresso na próxima terça-feira (12).
Essa
proposta deve reduzir o número de cargos intermediários e mudar a estabilidade
de novos concursados para o serviço público.
“Pedimos
mais uma semana [para a elaboração do texto], foi muita boa notícia essa
semana. Temos que mandá-la pra lá com a menor quantidade possível de arestas”,
explicou.
Na
última terça-feira (5), o governo entregou ao Senado três propostas de Emenda à
Constituição (PECs) – do Pacto Federativo, da Desvinculação dos Fundos e da
Emergência Fiscal. Já a reforma administrativa vai para a Câmara, assim como o
Projeto de Lei das Privatizações. E a PEC da Reforma Tributária será examinada
por uma comissão mista.
O
pacote de medidas, apelidado pelo Executivo de “Plano Mais Brasil”,
abrange a organização do Estado e do serviço público; altera regras e
obrigações relacionadas ao orçamento público e reconfigura as formas de
repartição de recursos entre União, estados e municípios.
Agência Brasil
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