STF decidiu na quinta-feira contra prisão em segunda instância (Foto: AGÊNCIA BRASIL) |
Na
manhã desta sexta, 8, a defesa do petista protocolou o pedido de liberdade do
ex-presidente na Justiça Federal em Curitiba.
O
Conselho Nacional de Justiça informou que a decisão do Supremo impactará, ao
todo, 4.895 pessoas com condenação em segunda instância em todo o País. Entre
eles, réus da Lava Jato.
A
expectativa é que presos notórios da maior operação já deflagrada no País
contra a corrupção poderão ser soltos a partir do julgamento do STF que se
prolongou por cinco sessões plenárias e foi concluído nesta quinta, 7, com o
entendimento de que o réu aguardará em liberdade e só começará a cumprir pena
após esgotados todos os recursos - o chamado trânsito em julgado.
O
ex-ministro da Casa Civil José Dirceu (governo Lula) está no grupo que pode ser
solto. Atualmente, ele cumpre pena no Complexo Médico-Penal de Pinhais de 30
anos, 9 meses e 10 dias por corrupção e lavagem de dinheiro. Seu irmão, Luiz
Eduardo de Oliveira e Silva, também pode deixar a prisão, mesmo condenado a 10
anos, 6 meses e 23 dias.
Outro
encarcerado em Pinhais é Gerson Almada, ex-executivo da empreiteira Engevix.
Ele foi condenado por corrupção ativa e lavagem de dinheiro a 34 anos e 20
dias.
Renato
Duque, indicação política do PT para a diretoria de Serviços da Petrobras em
2003 e que rebelou-se contra devassa da Polícia Federal em sua casa, em 2014,
poderá pedir a soltura após a decisão do STF. Suas penas somadas chegam a 123
anos e 11 meses de prisão.
Outros
protagonistas das ações penais da Lava Jato serão alcançados pela decisão do
Supremo, mas já estão fora da prisão. É o caso, por exemplo, do ex-tesoureiro
do PT João Vaccari Neto que ganhou o benefício do regime semiaberto com
tornozeleira eletrônica no começo de setembro, por decisão da juíza Ana
Carolina Bartolamei Ramos, da 1ª Vara de Execuções Penais de Curitiba.
Nem
todos os condenados da Lava Jato vão poder deixar a prisão, uma vez que são
alvo de decretos de prisão preventiva.
É
o caso do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (MDB/RJ). Ele cumpre, além de
condenação pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), prisão preventiva
desde outubro de 2016 por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de
divisas.
Também
é o caso do ex-governador do Rio Sérgio Cabral (MDB), condenado em segunda
instância por corrupção e lavagem de dinheiro.
O Povo
O Povo