CEARÁ experimenta a segunda onda de ataques de facções este ano |
Segundo
o balanço parcial da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS),
125 pessoas foram capturadas por participação nos atos criminosos registrados
desde sábado (21). Desse número, 93 são maiores de idade e 32 são adolescentes.
"É
uma grande operação, pois todos os capturados são ligados ao grupo que vem
promovendo as ações criminosas", destacou André Costa, secretário de
segurança pública.
O
governador Camilo Santana esteve na tarde de ontem no Departamento de
Homicídios e Proteção à Pessoa da Polícia Civil (DHPP). "Em nome desses
policiais, destaco o grande trabalho que tem sido feito pelas Forças de
Segurança do Ceará, que tem agido unida e de forma incessante", disse em
vídeo divulgado nas redes sociais.
Até
o início da noite de ontem, o oitavo dia de ataques teve apenas três
ocorrências - duas no Interior e uma na Capital: incêndio de caminhão em São
Luís do Curu, ataque a posto de saúde em Paramoti e incêndio de ônibus escolar
no Parque São Vicente, em Fortaleza.
Entre
as ações consideradas importantes para a descoberta de quem está por trás da
onda de ataques no Ceará, a Justiça autorizou a transferência de Ednal Braz da
Silva, 46, o Siciliano. Ele foi removido para o penitenciária federal de
Mossoró, no Rio Grande do Norte.
Siciliano
é apontado pela Polícia Federal como responsável por ordenar ataques a torres
de telefonia de Maracanaú em abril deste ano. Ele estava preso em Recife desde
2013. O Ministério Público cearense também solicitou a transferência de 12
detentos do Ceará para presídios federais.
O
promotor Rinaldo Janja, coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao
Crime Organizado (Gaeco), disse que "não resta dúvida" de que os
detentos presos no estado articularam as ações dos últimos dias.
Ontem
à noite, a Polícia Militar iniciou uma operação com 2 mil agentes da segurança
nas ruas de Fortaleza e da Região Metropolitana. Simultaneamente, equipes de
inteligência fizeram levantamento de pontos onde há concentração de delitos.
De
acordo com o comandante da PM, Alexandre Ávila, "a intensificação da
operação ocorre nos bairros onde é mais comum acontecerem ataques. A presença
policial rápida, a maior ostensividade e a agilidade no tempo de resposta têm
feito com que as ações tenham dados minimizados, na medida do possível",
avaliou.
A
partir do Quartel do Comando Geral da Polícia Militar, na avenida Aguanambi, as
viaturas se dividiram pela cidade, principalmente, onde houve registro de
ataques criminosos. Além dos municípios de Maranguape, Caucaia e Maracanaú,
receberam maior atenção bairros como Planalto Ayrton Senna, Mondubim, Parque
Santana, São Cristóvão, Conjunto Palmeiras, Cidade 2000, Bom Jardim e Vila
Manuel Sátiro, Aldeota, Papicu e Varjota. A ação, que se estendeu pela
madrugada, contou com mais 250 viaturas.
Perfil
Das
125 pessoas presas acusadas de participação na onda de ataques no Ceará, 93 são
maiores de idade e 32 são adolescentes. É prática dos grupos criminosos atrair
meninos e meninas para o crime
O Povo