O
presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), disse hoje (2), ser
contra uma reforma administrativa que retire dos servidores públicos o direito
à estabilidade. Ele entende que novas regras que vierem a ser implementadas
devem valer apenas para futuros servidores.
"No
meu radar é tudo para frente. Essa discussão para trás eu acho ruim. Reduzir
salário hoje de quem já entrou numa regra, eu acho ruim. Tirar estabilidade de
que já entrou com essa regra, é ruim. Eu defendo, para que a gente tenha uma
reforma administrativa mais rápida, e que atinja nossos objetivos, que não se
olhe para trás. Olhe só para o futuro", disse após encontro com
empresários no Rio de Janeiro, organizado pela Associação Brasileira de
Relações Institucionais e Governamentais (Abrig).
Maia
informou que nesta quarta-feira (4) será realizada na Câmara dos Deputados uma
reunião para discutir as queimadas na Amazônia. Ele manifestou receio de que a
situação cause impacto nos negócios do país. "Falei com a bancada do
agronegócio, que estava muito preocupado com o dano [ao país], e que estava
disposto a visitar outros parlamentos aqui na nossa região ou na Europa".
O
presidente da Câmara voltou a defender que seja destinado para o combate aos
incêndios na Amazônia parte dos recursos de fundo da Petrobras, composto por R$
2,5 bilhões recuperados a partir da Operação Lava Jato, e repatriados por meio
de acordos firmados entre a estatal, o Ministério Público Federal (MPF) e o
Departamento de Justiça dos Estados Unidos. O
assunto está sendo avaliado pelo ministro do Supremo Tribunal
Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Maia
sinalizou que não deverá levar ao plenário a Proposta de Emenda à Constituição
(PEC) 187/2016, que trata da exploração de terras indígenas, aprovada na semana
passada na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara
dos Deputados. Foram 33 votos a favor, 18 contra e uma abstenção. "Eu
avisei aos deputados. Não é um tema simples de ser debatido. Nesse momento,
acho que estamos criando uma polêmica desnecessária no Brasil", disse
Maia.
Agência Brasil