Dançarina morreu após abordagem policial na Bahia — Foto: Reprodução/Instagram |
Caso
ocorreu na madrugada desta sexta-feira (5), em Irecê, cidade do norte do
estado. Cinco pessoas estavam em um veículo quando foram perseguidas por
viaturas e PMs atiraram.
Uma
dançarina da banda cearense de forró Sala de Reboco morreu, na madrugada desta
sexta-feira (5), após ser baleada na cidade de Irecê, no norte da Bahia. Na
ocasião, outras duas pessoas ficaram feridas.
Segundo
relato do dono da banda, Antônio Neto Rocha, mais conhecido como Toinho
Produções, quatro integrantes do grupo e um motorista estavam em um carro
quando foram atingidos por disparos de policiais militares que seguiam o
veículo.
O G1 entrou em contato com as Polícias Civil e
Militar para ter detalhes do caso e posicionamento dos policiais, mas ainda não
obteve retorno.
Antônio
não estava no veículo no momento do ataque, mas detalhou ao G1 o relato das vítimas, que estavam
hospedadas em Irecê. Ele conta que as duas dançarinas, o sanfoneiro e a cantora
da banda decidiram jantar em Lapão, cidade a cerca de 11 km de Irecê. Quando
retornaram de Lapão, foram seguidos pela polícia e a guarnição atirou.
"Eles
[as vítimas] contam que a polícia seguiu eles com o carro apagado, sem o
giroflex ligado e em momento algum pediu que eles parassem o veículo",
contou Antônio.
A
dançarina que morreu foi Gabriela Amorim, de 25 anos e o sanfoneiro, que está
ferido é Eliedelson Porcidônio Júnior, de 32 anos. Ele foi atingido na perna e
está internado no Hospital Regional de Irecê.
A
cantora, Joelma Rios, também foi atingida com um tiro nas nádegas e outro, de
raspão na perna. Ela está bem, conforme informou Antônio Rocha.
O
dono da banda detalhou que a banda havia feito o último show da agenda junina
no dia 30 de junho, em Jacobina, cidade também do norte da Bahia. Entretanto,
como Antônio tem um escritório em Irecê e os integrantes da banda têm
conhecidos na região, eles ficaram em Irecê para descansar.
"Eles
estavam se despedindo dos amigos e iriam embora de Irecê hoje [sexta-feira]. Só
queriam se despedir comendo uma galinha famosa aqui na região e quando voltaram
aconteceu isso", lamentou Antônio.
G1 CE