Depois
da amarga derrota sofrida nas eleições de 2016, o ex-prefeito de Santa Quitéria
e principal líder da oposição, Luciano Lobo, fez a sua primeira aparição
pública desde então, ao conceder entrevista ao programa "Plenário do
Povo", da FM SomZoom Sat, neste domingo (19).
Na
entrevista, que durou aproximadamente quarenta minutos, Luciano comentou sobre
a sua administração (1997 a 2000) e a de seu filho Fabiano (2013 a 2016), em
que ambos perderam na cadeira para a mesma pessoa: Tomás Figueiredo. Não poupou
críticas ao seu principal opositor e desconversou sobre mais uma candidatura
sua, entretanto, defendeu a união das oposições, a exemplo da recente reunião
ocorrida entre os principais nomes cotados para o próximo ano.
Confira
os principais momentos da entrevista
Luciano
fez rasgados elogios à sua gestão e a de Fabiano, afirmando que foram as
melhores da história de Santa Quitéria. Questionado porque as urnas mostraram o
contrário em 2016, alegou que houve "desinformação, fake news, invenção de
toda espécie", citando também um "pool de emissoras tendenciosas
contra ele".
Foi
uma das maiores injustiças que o povo fez, taí o resultado. Nós estamos com
quase três anos da nova administração, o que esse rapaz fez aqui, agora eu lhe
pergunto, o que é que não piorou do Fabiano pra cá? O que foi que melhorou? Em
nada."
Reconheceu
que Fabiano precisa de correções e que não tem o "cacoete político do
interior".
O
Fabiano não teve a formação daquele cacoete político do interior, de bater nas
costinhas, de ir a um enterro, de cumprimentar as pessoas no mercado, de botar
uma mão de farinha na boca e comer um pedaço de rapadura, ele não tem esse
hábito, ele tem outros tipos de valores que ele valoriza."
Sobre
a administração de Tomás Figueiredo, fez reiteradas críticas, citando que veio
mais dinheiro do que na época de seu filho e considerou uma
"palhaçada" o estado de emergência decretado por Figueiredo no começo
de 2017.
A
situação caótica, pré-falimentar que se encontra nossa administração, não tem
nada que tenha sido feito aqui. Não se aponta uma obra, não se aponta nada, que
se indique uma gestão proba, honesta, de boa aplicação dos recursos do povo.
(...) Tudo inventado pra justificar desvio e não realização de licitação.
Estamparam interditado. Aquilo é uma palhaçada. Interditado pra que? Pra
justificar a elaboração de um decreto de emergência pra poder não fazer
licitação e se apropriar."
Sobrou,
até mesmo, para o ex-prefeito Joaquim Muniz, morto em 2015.
Eu
pensei que o tempo do Joaquim Muniz não ia se repetir, mas com todo respeito à
memória do Joaquim Muniz, mas essa administração tá pior do que a do Joaquim
Muniz."
Perguntado
sobre a possibilidade de união e os possíveis nomes, se colocou à disposição,
desde que o 'ungido' tenha o "gosto da urna", a simpatia do povo e
sobretudo, a presença nas pesquisas, além de fazer boas menções à Chagas
Mesquita, Braguinha e Marcelo Magalhães.
"Eu
já tenho reiteradas vezes dito, repetido e continuo dizendo: eu não estou às
cascas por prefeitura. Eu estou para a união das oposições. Agora temos que
escolher um candidato de realidade eleitoral plausível, viável para derrotar o
candidato que está aí, que está com muito dinheiro, muita condição, a máquina
na mão e ele usa isso contra. Eu não faço questão. (...) A oposição tem que se
conscientizar que tem que marchar unida, todo mundo de mãos dadas, trabalhando.
Agora se não houver, a coisa fica meio difícil."
A Voz de Santa Quitéria