O
número de mortos na série de atentados coordenados que ocorreram no Sri Lanka
no Domingo de Páscoa (21) subiu para 290. Cerca de 500 pessoas ficaram feridas.
Os ataques, cometidos em alguns casos por homens-bomba, tiveram como alvos
templos católicos e hotéis de luxo.
Ao
divulgar o mais recente balanço de vítimas, o porta-voz da Polícia do Sri
Lanka, Ruwan Gunasekara, anunciou que 24 pessoas foram detidas por suspeita de
participação nos ataques. Os detidos estão sendo interrogados pela
divisão de investigação criminal da Polícia, acrescentou Gunasekara.
A
maior parte dos mortos é de cidadãos do Sri Lanka, mas há pelo menos 32
estrangeiros entre as vítimas, incluindo cidadãos da Bélgica, dos Estados
Unidos, da China, do Reino Unido, da Índia e de Portugal.
Nenhum
grupo reivindicou a autoria das ações até o momento. Por enquanto, o governo
segue divulgando informações dispersas sobre as suspeitas no caso. O ministro
da Defesa, Ruwan Wijewardene, disse que os autores dos ataques foram
identificados como "extremistas religiosos" e pertenciam a um único
grupo, sem dar mais detalhes.
O
ministro da Saúde do país, Rajitha Senaratne, disse que sete das oitos
explosões foram cometidas por terroristas suicidas e que todos esses
homens-bomba eram cidadãos do Sri Lanka.
Rajitha
Senaratne, um porta-voz do governo, por sua vez, afirmou que o ataque
coordenado deve ter contado com ajuda externa. "Não acreditamos que
esses ataques foram executados por um grupo de pessoas restrito a este país.
Esses ataques não teriam sido bem-sucedidos sem uma rede internacional”, disse.
Segundo
o jornal New York Times, um alto integrante da polícia do Sri
Lanka advertiu o governo, há 10 dias, sobre o risco de atentados contra igrejas
no país, e que a minoria cristã do país estava na mira de um grupo islâmico
radical chamado Thowheeth Jama'ath. Não ficou claro, no entanto, se as
autoridades tomaram alguma medida adicional de segurança. O primeiro-ministro
Ranil Wickremesinghe disse que não foi informado sobre a ameaça. "Temos
que verificar por que precauções adequadas não foram tomadas", disse ele.
Após
os ataques, a embaixada dos Estados Unidos em Colombo advertiu que "grupos
terroristas" continuam preparando ataques no Sri Lanka. "Os grupos
terroristas continuam tramando possíveis ataques no país. Os terroristas
poderiam atacar, com pouca ou nenhuma advertência, áreas públicas",
anunciou o Departamento de Estado por meio da sede diplomática americana no
país asiático.
A
embaixada americana cita como possíveis alvos desses ataques espaços
turísticos, centros de transporte, mercados, shoppings, instalações do governo,
hotéis, clubes, restaurantes, lugares de culto, parques, eventos esportivos e
culturais importantes, instituições educativas e aeroportos.
*Com informações da Deutsche Welle (agência pública da Alemanha)
*Com informações da Deutsche Welle (agência pública da Alemanha)