Armas e munição foram apreendidas na operação Dínamo — Foto: Divulgação/PF |
Operação
da Polícia Federal e agentes estaduais cumpriram mandatos contra grupo que
explodiu artefatos em torres de Fortaleza e Maracanaú na noite de 1º de abril.
Três
pessoas foram presas suspeitas de detonar explosivos em três torres da Chesf na
Grande Fortaleza em 1º de abril, e o mandante dos crimes, que já era interno no
sistema prisional, foi encaminhado ao isolamento. As informações são da
Secretaria da Segurança Pública. Os nomes dos presos não foram divulgados.
Armas de fogo, munições e entorpecentes foram apreendidos.
A operação Dínamo, ainda em
andamento, cumpre nesta sexta-feira (5) sete mandados de busca
e apreensão e quatro de prisão preventiva contra o grupo criminoso que usou
explosivos para atacar torres de transmissão de energia elétrica na
segunda-feira (1º), nos municípios de Fortaleza e Maracanaú.
Desde
a terça-feira (2), policiais dos setores de inteligência da SSPDS e das
Polícias Civil e Militar, além da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas
Organizadas (Draco), se reuniram com policiais federais no Centro Integrado de
Comando e Controle Regional (CICCR) da Secretaria da Segurança, para realizar
levantamentos sobre os alvos. Nesta sexta, os 45 policiais das forças estaduais
foram às ruas, em conjunto com 25 policiais federais, para os cumprimentos dos
mandados, segundo a SSPDS.
Criminosos
detonaram explosivos em três torres da Companhia
Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) na noite do dia 1º, sem destruir as
estruturas. Um ataque foi a uma torre em uma rodovia na cidade de
Maracanaú e outros dois, na subestação da Companhia na Rua Júlio Brígido, no
Bairro Pici, em Fortaleza.
Onda
de ataques
O
Estado do Ceará passou por uma onda de ataques criminosos entre 2 de janeiro e
início de fevereiro.
Nesse
período, foram registrados pelo menos 261 ataques contra ônibus, carros,
prédios públicos, prefeituras e estabelecimentos comerciais em 50 dos 184
municípios cearenses.
Áudios
compartilhados entre membros de facções do Ceará revelaram que as ordens para
as ações contra ônibus, prefeituras e prédios públicos partiram de
presidiários.
A
onda de ataque foi motivada pela nomeação do novo secretário de Administração
Penitenciária do estado, Luís Mauro Albuquerque, segundo afirmou o secretário
da Segurança Pública do Ceará, André Costa.
Pelo
menos 461 pessoas foram detidas por envolvimento nas ações criminosas, segundo
a Secretaria da Segurança Pública do Ceará.
Fonte: G1 -CE