Após
o volume maior de chuvas registrado em março, o Comitê de Monitoramento do
Setor Elétrico se reúne hoje (3) para avaliar as condições do suprimento
energético no país. O calor intenso no início do ano, especialmente em janeiro,
levou o comitê, responsável pelo monitoramento das condições de abastecimento e
pelo atendimento ao mercado de energia, a acionar usinas termelétricas para evitar queda maior no nível
dos reservatórios das hidrelétricas.
As
termelétricas, que têm maior custo de operação, foram desligadas no fim de fevereiro, com o aumento no
volume de chuva. Havia a expectativa de que um acionamento mais duradouro
pudesse causar impacto na fixação da bandeira tarifária em abril.
A
Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) manteve a bandeira tarifária na
cor verde, sem custo para os consumidores, para o mês de abril. A bandeira
verde está em vigor desde janeiro destre ano.
De
acordo com a agência reguladora, abril é um mês de transição entre as estações
úmida e seca nas principais bacias hidrográficas do Sistema Interligado
Nacional (SIN). A agência informou que a previsão hidrológica para o mês indica
a tendência, verificada em março, de recuperação do nível dos reservatórios.
"Essa conjuntura favorável aponta para a manutenção da produção
hidrelétrica e do nível de risco hidrológico (GSF) em patamares condizentes com
o perfil de bandeira verde", disse a Aneel.
Mesmo
com a manutenção, a Aneel estuda reajustar o preço das bandeiras tarifárias
amarela e vermelha, nos patamares 1 e 2. A iniciativa consta de proposta de
consulta pública, anunciada em fevereiro pela agência e encerrada segunda-feira
(1º).
O
sistema de bandeiras tarifárias foi criado, segundo a agência, para sinalizar
aos consumidores os custos reais da geração de energia elétrica. A adoção de
cada bandeira, nas cores verde (sem cobrança extra), amarela e vermelha
(patamar 1 e 2), está relacionada aos custos da geração de energia elétrica.
Na
amarela há o acréscimo de R$ 1 a cada 100 kWh (quilowatts-hora). Na vermelha no
patamar 1, o adicional nas contas de luz é de R$ 3,00 a cada 100 kwh; já no 2,
o valor extra sobe para R$ 5,00.
Pela
proposta, os custos adicionais com as bandeiras tarifárias serão reajustados
entre maio deste ano e abril de 2020. Com isso, o adicional da bandeira amarela
pode passar de R$ 1,00 para R$ 1,50, de R$ 3,00 para R$ 3,50 na vermelha
patamar 1 e de R$ 5,00 para R$ 6,00 no patamar 2. Os valores propostos pela
área técnica da Aneel ainda podem ser alterados.
Agência
Brasil