Bolsonaro se reunirá hoje com líderes partidários em busca de apoio para a reforma da Previdência (Arquivo/Alan Santos/PR) |
Após
uma visita oficial a Israel, o presidente Jair Bolsonaro está de volta ao
Brasil e vai se dedicar, ao longo das próximas semanas, às articulações em
favor da aprovação da reforma da Previdência.
A
agenda do presidente inclui nesta quinta-feira (4) reuniões com lideranças de
seis partidos políticos.
Será
a primeira rodada de diálogo com as legendas visando constituir uma futura base
de apoio parlamentar ao governo no Congresso.
As
audiências começam a partir das 8h30, no Palácio do Planalto, quando ele recebe
o presidente nacional do PRB, deputado Marcos Pereira (SP). Na sequência,
Bolsonaro conversa com o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, seguido
pelo ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, presidente nacional do PSDB.
A
agenda prevê, em seguida, um almoço com a participação de lideranças do DEM,
incluindo o presidente nacional do partido, ACM Neto, prefeito de Salvador, e o
governador de Goiás, Ronaldo Caiado. À tarde, Bolsonaro receberá o ex-senador
Romero Jucá, do MDB, e o presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira (PI).
Segundo
o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, essas reuniões abrirão o
diálogo do governo com os partidos para a construção de uma base de apoio.
"Estamos
abrindo a porta à construção dessa base que vai se expressar na votação da nova
Previdência em junho”, afirmou na última terça-feira (2). Na semana que vem,
Bolsonaro se reunirá com presidentes de outras cinco legendas, incluindo o PSL,
Solidariedade (SD), PR e Podemos.
CCJ
Na
última quarta-feira (3), o ministro da Economia, Paulo Guedes, participou de
uma audiência pública na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos
Deputados e voltou a argumentar que o atual modelo de Previdência é uma
"fábrica de desigualdades" e que a proposta do governo pretende retirar privilégios.
A
CCJ da Câmara é a porta de entrada da reforma da Previdência no Legislativo. A
comissão analisará se a proposta está em conformidade com a Constituição.
Depois, o texto segue para discussão em comissão especial e, se aprovado, será
votado pelo plenário. Para ser aprovada, a medida precisa de apoio de dois
terços dos deputados por se tratar de Proposta de Emenda à Constituição - PEC.
Dessa forma, precisa ser aprovada por 308 deputados, em dois turnos de votação,
para seguir para o Senado.
O
relator da reforma da Previdência na CCJ, deputado Delegado Marcelo Freitas
(PSL-MG), afirmou que deve apresentar parecer sobre a medida no dia 9 de abril.
A
previsão de Freitas é que os dias 10 e 11 próximos fiquem destinados a
eventuais pedidos de vista, e no dia 17 de abril, o relatório seja votado no
colegiado.
Agência
Brasil