O Jornal Nacional, veiculado na noite desta terça-feira (19)
pela Rede Globo, usou todo seu primeiro bloco com uma extensa reportagem sobre
os áudios de Jair Bolsonaro e Gustavo Bebianno e que intensificou a crise no
governo. O telejornal reproduziu todo o material vazado pela Veja.
Depois
disso, ainda no primeiro bloco, mostrou a primeira derrota do governo no
Congresso, após a aprovação da urgência de um projeto que sustou os efeitos do
decreto que alterava as regras da Lei de Acesso à Informação, e o envolvimento
do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, com o laranjal do PSL. Ao todo,
foram usados 27 minutos.
No
início, William Bonner e Renata Vasconcellos leram a nota do Globo, em resposta
às declarações de Bolsonaro sobre a emissora, a chamando de “inimigo”.
“O
Grupo Globo considera que não tem nem cultiva inimigos. A própria natureza de
sua atividade jamais permitiria qualquer postura em contrário. Hoje, como
sempre, sua missão é levar ao público jornalismo independente – dando
transparência a tudo o que é relevante para o País – e entretenimento de
qualidade. Continuaremos a trabalhar nesta mesma direção.
A
visita de Paulo Tonet Camargo, Vice-Presidente de Relações Institucionais do
Grupo Globo, ao então ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência,
Gustavo Bebianno, constava da agenda pública do ministro, divulgada na
internet. Visitas de diretores do Grupo Globo a autoridades dos diferentes
poderes, servidores públicos, executivos de empresas e representantes da
sociedade civil são rotineiras. E, nesse aspecto, não nos diferenciamos de
qualquer grupo empresarial que pretenda ouvir todas as vozes de uma sociedade
livre, de forma transparente e com agenda pública, mantendo relações
estritamente institucionais e republicanas”.
Em
seguida, o telejornal reproduziu todos os áudios vazados da Veja, mostrando que
não foi Gustavo Bebianno quem mentiu, quando disse que falou com Bolsonaro por
três vezes, mas, sim, o presidente, que não considerou a troca de mensagens de
WhatsApp como sendo uma conversa.
Após
a divulgação dos áudios, o Jornal Nacional mostrou ampla repercussão no
Congresso Nacional, com entrevistas com vários parlamentares, tanto aliados
quando oposicionistas.
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