O
magistrado, que é o decano do STF, enviou a declaração por escrito
à Folha, e pediu que ela fosse publicada “na íntegra e sem cortes”.
Escreveu Celso de Mello:
Escreveu Celso de Mello:
“Essa
declaração, além de inconsequente e golpista, mostra bem o tipo
(irresponsável) de parlamentar cuja atuação no Congresso Nacional, mantida
essa inaceitável visão autoritária, só comprometerá a integridade da ordem
democrática e o respeito indeclinável
que se deve ter pela supremacia da Constituição da República! Votações expressivas do eleitorado não legitimam investidas contra a ordem políticojurídica fundada no texto da Constituição.
que se deve ter pela supremacia da Constituição da República! Votações expressivas do eleitorado não legitimam investidas contra a ordem políticojurídica fundada no texto da Constituição.
Sem
que se respeitem a Constituição e as leis da República, a liberdade e os
direitos básicos do cidadão restarão atingidos em sua essência pela
opressão do arbítrio daqueles que insistem em transgredir os signos que
consagram, em nosso sistema político, os princípios inerentes ao Estado
democrático de Direito”.
Celso
de Mello teve uma das reações mais indignadas. Questionado pela Folha,
decidiu enviar a mensagem. Outros ministros trocaram mensagens
e telefonemas entre si. Eles aguardam a chegada do presidente da
Corte, Dias Toffoli, para discutir um posicionamento. Ele estava em Veneza
para compromissos profissionais e deve chegar nesta segunda-feira (22) em
Brasília.
(Foto
– Agência Brasil)