Dois
presos são investigados por atuarem como líderes de uma organização criminosa
que fraudava procedimentos licitatórios para prestação de serviços nas
prefeituras.
Dois
empresários, pai e filho, foram presos nesta terça-feira (22) durante uma nova
fase da operação "Cascalho do Mar", que investiga fraudes em
licitações em prefeituras do Ceará. Agentes da Procuradoria dos Crimes contra a
Administração Pública (Procap) cumpriram mandados de prisão preventiva e de
busca e apreensão em Fortaleza e Pacajus.
De
acordo com o Ministério Público do Ceará (MPCE), os dois presão são
investigados por atuarem como líderes de uma organização criminosa que fraudava
procedimentos licitatórios para prestação de serviços nas prefeituras.
Além
das prisões, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em residências e
empresas em Fortaleza e Pacajus. Foram apreendidos aparelhos de celular,
computadores, veículos e documentos, que serão analisados pelos investigadores.
Os
presos já haviam sido investigados pela Polícia Federal e MPCE, no ano de 2015,
por suposta prática de fraudes em licitações para contratação e execução de
serviços de transporte escolar e locação de veículos.
A
terceira fase da operação Cascalho do Mar teve a participação de 10 equipes,
contando com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações
Criminosas (Gaeco).
Investigação
De
acordo com as investigações do Ministério Público, a organização criminosa era
formada por vários integrantes que criavam empresas usando
"laranjas". O grupo é suspeito de fraudar diversas licitações em
prefeituras cearenses.
Segundo
a investigação da Procap, muitas empresas não tinham patrimônio nem
funcionários. As empresas eram contratadas somente após vencer as licitações.
Prisões
A
primeira fase da operação foi realizada em dezembro de 2017, com o cumprimento
de medidas cautelares de prisões preventiva e temporária, busca e apreensão,
condução coercitiva e afastamento de gestores públicos de Paracuru.
O
prefeito de Paracuru foi afastado do cargo e preso em flagrante por porte
ilegal de arma durante a ação.
Já
na segunda fase, em março deste ano, foram presos empresários e procuradores
das firmas investigadas durante a operação.
Fonte:
G1-CE