O
papa Francisco pediu ajuda aos pobres e necessitados e criticou os que
"gastam alegremente" quando outros têm que se conformar em olhar
"desde fora enquanto sua vida passa e acaba miseravelmente".
A
crítica foi feita em sua terceira exortação apostólica intitulada Gaudete
et Exsultate, que foi publicada nesta segunda-feira (9) pelo Vaticano. O
papa abordou a "santidade no mundo contemporâneo", seus "riscos,
desafios e oportunidades".
"Não
podemos planejar um ideal de santidade que ignore a injustiça deste mundo, onde
alguns festejam, gastam alegremente e reduzem sua vida às novidades do consumo,
ao mesmo tempo que outros só olham desde fora, enquanto sua vida passa e acaba
miseravelmente", disse.
Papa critica a
alegria consumista e individualista
No
documento, o papa também critica "a alegria consumista e individualista
tão presente em algumas experiências culturais de hoje" e sublinha que
"o consumismo só enche o coração; pode brindar prazeres ocasionais e
passageiros, mas não gozo".
Além
disso, avisa que "o consumo de informação superficial e as formas de
comunicação rápida e virtual podem ser um fator de atordoamento que nos afasta
da carne sofrente dos irmãos ".
"As
constantes novidades dos recursos tecnológicos, o atrativo das viagens, as
inumeráveis ofertas para o consumo às vezes não deixam espaços vazios onde
ressoe a voz de Deus", afirmou.
"Tudo
se enche de palavras, de desfrutes epidérmicos e de ruídos com uma velocidade
sempre maior. Ali não reina a alegria, senão a insatisfação de quem não sabe
para que vive", disse Francisco.
Acrescentou
que os recursos de distração "que invadem a vida atual" conduzem a
dar uma importância absoluta ao mesmo tempo "livre, no qual podemos
utilizar sem limites esses dispositivos que nos brindam entretenimento e
prazeres efêmeros".
O
papa apontou que, "contra a tendência ao individualismo consumista que
termina nos isolando na busca do conforto além dos demais", é preferível
se identificar "com aquele desejo de Jesus: “que todos sejam um”.
Agência brasil