Conforme
O POVO Online apurou, o primeiro caso ocorreu no último sábado, 31. O segundo
foi registrado nesta segunda-feira, 2
Dois
adolescentes sob tutela do Estado no Centro Socioeducativo Dr. Zequinha
Parente, em Sobral, a 250 km de Fortaleza, foram mortos por outros internos.
Conforme O POVO Online apurou, o primeiro caso ocorreu no último sábado, 31. O
segundo foi registrado nesta segunda-feira, 2. A Superintendência do Sistema
Estadual de Atendimento Socioeducativo (Seas) não informou as datas. Em nota,
comunicou apenas que as duas pessoas faleceram no fim de semana.
De
acordo com o órgão, uma equipe se deslocou para o local para realizar todos os
procedimentos e prestar suporte às famílias das vítimas. A nota informa ainda
que sindicância foi instaurada pela Corregedoria da Seas para reavaliar os
procedimentos de segurança do centro socioeducativo.
“Em
paralelo, a Polícia Civil do Estado do Ceará iniciou os trabalhos de
investigação. Todos os procedimentos de responsabilização para os adolescentes
envolvidos já estão sendo encaminhados junto à delegacia da região”, comunicou
a Seas. Apurações iniciais indicam que não havia relatos de ameaças ou risco
pessoal em relação aos adolescentes, garantiu a administração do sistema
socioeducativo.
Negligência
Contudo,
o Centro de Defesa da Criança e do Adolescente do Ceará (Cedeca) rebate o
posicionamento do Estado. Para a entidade, houve negligência por parte da Seas
no segundo caso, já que gestores do órgão estavam no interior da unidade
durante a morte.
Por
meio da assessoria de imprensa, o Cedeca informou que irá notificar a Seas, o
Ministério Público do Ceará, a Procuradoria Geral da Justiça e a Defensoria
Pública do Estado em busca de investigações e reforço na segurança dos locais.
“Estamos
também encaminhando informes do episódio à Organização das Nações Unidas (ONU),
à Comissão Interamericana de Direitos Humanos e aos conselhos de direitos
humanos, da criança e adolescente e de prevenção e combate à tortura”, informou
a instituição.
É
o segundo caso de assassinatos de jovens sob custódia do Estado em menos de
cinco meses. Em novembro do ano passado, quatro adolescentes que cumpriam
medidas socioeducativas no Centro de Semiliberdade Mártir Francisca, na
Sapiranga, foram retirados do local e executados na vizinhança.
Fonte:
O Povo