Cerca de três mil armas de fogo, apreendidas no Ceará nos últimos meses,
serão destruídas na manhã desta terça-feira (5) nos fornos do Complexo
Siderúrgico do Pecém (CSP), no Município de São Gonçalo do Amarante (a 55Km de
Fortaleza), na Região Metropolitana da Capital. O trabalho faz parte da última
etapa da “Operação Vulcão” do Exército Brasileiro.
Fuzis, metralhadoras, submetralhadoras, rifles, espingardas, pistolas e
revólveres apreendidos pela Polícia com bandidos ou com cidadãos que não tinham
autorização (porte de armas) para usá-las faziam parte de processos judiciais e
foram liberadas para a destruição.
Segundo o comanda da operação, tenente-coronel EB Glariston Belarmino,
antes de serem levadas à siderúrgica para o derretimento, as armas são
inutilizadas. Peças são retiradas e mesmo que haja extravios, não podem mais
serem utilizadas. Ele explica ainda que a ação faz parte de um convênio entre o
Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Exército Brasileiro e, portanto, a ação
acontece em todo o território nacional.
Riscos eliminados
No Ceará, conforme o oficial, a operação acontece, ao menos, duas vezes
por ano, mas pode aumentar dependendo da demanda da Justiça. A intenção do CNJ
é destruir as armas tão logo elas sejam liberadas pelos juízes que presidem os
respectivos processos judiciais. O acúmulo de armas em fóruns e outras unidades
da Justiça aumentam os riscos de roubos.
Neste ano, segundo dados da Secretaria da Segurança Pública e Defesa
Social (SSPDS) mais de quatro mil armas já foram apreendidas pelas autoridades
policiais em todo o estado.