Cristiane Renata Coelho foi acusada de matar o filho com
sorvete envenenado e de tentar matar o então marido também por envenenamento.
Cristiane
Renata Coelho, acusada de assassinar o filho autista de nove anos e de tentar
matar o então marido com veneno, foi condenada nesta terça-feira (28) a 32 anos
de prisão. Ela não compareceu ao júri e foi representada pelo advogado. O
julgamento começou às 9h30 desta terça-feira no Fórum Clóvis Beviláqua, em
Fortaleza, e terminou às 21h35 (horário local).
A defesa de Cristiane Renata também não
indicou testemunhas para serem ouvidas em plenário. Os dois advogados de defesa
alegaram negativa de autoria, afirmando que ela não foi autora do crime. A
teoria da defesa foi rebatida por dois promotores e uma assistente de acusação;
eles defenderam que havia provas suficientes para condenar a acusada.
De acordo com o Tribunal de Justiça do
Ceará, "os jurados reconheceram a materialidade e a autoria dos dois
crimes - homicídio [do filho] e tentativa de homicídio [do ex-marido] - bem
como as três qualificadoras: motivo torpe, uso de veneno e recurso que
impossibilitou a defesa da vítima.
Ela não poderá responder em liberdade.
Se instâncias superiores mantiverem a condenação de Cristiane Renato Coelho,
ela terá de cumprir pelo menos dois quintos da pena, por se tratar de crime
hediondo.
Sobrevivente, de suspeito a acusador
Conforme a denúncia, a acusada cometeu o
crime de modo a dar aparência de que o ex-marido, o subtenente do Exército
Francileudo Bezerra Severino, havia matado o filho e engerido veneno em
seguida. Como Francileudo sobreviveu, ele testemunhou contra ela, e o caso teve
uma reviravolta.
O julgamento ocorreu três anos após o
crime, na madrugada de 11 de novembro de 2014. O filho, Lewdo Ricardo Coelho
Severino foi morto com veneno misturado com sorvete, o doce preferido da
criança, conforme a denúncia.
Conforme a denúncia, a acusada cometeu o
crime de modo a dar aparência de que o ex-marido havia matado o filho e
engerido veneno em seguida. Como Francileudo sobreviveu, ele testemunhou contra
ela, e o caso teve uma reviravolta.
Ela foi denunciada por homicídios
triplamente qualificados (um consumado, com a morte do filho e outro tentado,
com o envenamento do ex-marido), com as qualificadoras de motivo fútil, emprego
de meio cruel (veneno) e utilização de recurso que impossibilitou a defesa da
vítima. Durante o julgamento o ex-marido, o subtenente do Exército Francileudo
Bezerra Severino, vai ficar frente a frente com a ex-mulher.
Fonte: G1/CE