O ministro recebeu a proposta com
"entusiasmo", embora não tenha respondido imediatamente, disse o
líder da bancada
Brasília – A bancada do PSD na Câmara dos Deputados
convidou nesta quarta-feira o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, a ser
candidato à Presidência da República pelo partido ano que vem, e o ministro
recebeu a proposta com “entusiasmo”, embora não tenha respondido imediatamente,
disse o líder da bancada, Marcos Montes (MG).
A declaração de Montes foi dada após uma reunião da
bancada com Meirelles que, de acordo com o partido, serviu para “aproximar” o
ministro da política.
“O que foi colocado a ele (Meireles) é que se
existe um nome que preenche os requisitos do mercado, daqueles que realmente
vivem o dia a dia da economia, mas principalmente com sociedade em geral, eu
acho que o nome dele cai como uma luva nisso tudo”, disse Montes a jornalistas
após o encontro com Meirelles, que é filiado ao PSD.
“Ele recebe sempre com entusiasmo. A gente tem
convicção que ele atenderá o chamado da sociedade. Nós chamamos hoje”,
acrescentou o líder, afirmando que Meirelles não respondeu de imediato ao
convite.
“(Meirelles) não falou ‘estou disposto’, mas o
sorriso, lá em Minas Gerais, nós achamos que é melhor que duas palavras.”
O Ministério da Fazenda disse que Meirelles não
comentará sobre o convite.
No final do mês passado uma fonte disse à Reuters
que Meirelles quer ser candidato ao Palácio do Planalto, mas sabe que só terá
chances reais com uma melhora respeitável da economia.
Caso decida concorrer ao Palácio do Planalto no ano
que vem, Meirelles terá de deixar o comando da Fazenda em abril, seis meses
antes do pleito, para atender a regra de desincompatibilização.
Meirelles se soma a outros nomes que aparecem como
possíveis candidatos à Presidência, casos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva (PT), dos tucanos Geraldo Alckmin, governador de São Paulo, e João Doria,
prefeito da capital paulista, da ex-senadora Marina Silva (Rede) e do deputado
Jair Bolsonaro (PSC-RJ).
O nome do ministro da Fazenda ainda não foi testado
nas pesquisas de intenção de voto dos principais institutos que já fizeram
sondagens sobre as eleições do ano que vem.
Fonte: Exame