José Walter dos Santos
Morais e Júlio César Bezerra de Carvalho foram condenados a 17 anos de prisão
cada pelo crime, ocorrido em fevereiro de 2015. Seguro de vida da professora
aposentada Maria das Graças Martins Nina teria motivado o assassinato
O Conselho de Sentença do 4º Tribunal
do Júri de Fortaleza condenou José Walter dos Santos Morais e Júlio César
Bezerra de Carvalho pelo homicídio que
vitimou a professora aposentada Maria das Graças Martins Nina, crime ocorrido
em fevereiro de 2015. A motivação do crime seria o recebimento de
uma indenização pelo seguro de vida que a filha de Maria das Graças, esposa de
José Walter, teria direito com a morte da mãe. José Walter havia sido indiciado
por contratar Júlio César para cometer o crime. Maria das Graças e Júlio César
namoravam há cinco dias, segundo os autos.
O julgamento, iniciado por volta das
13h30 de quinta-feira, encerrou-se no início da madrugada desta sexta-feira,
18. Júlio César foi condenado a 17 anos de reclusão, inicialmente em regime
fechado, por homicídio triplamente qualificado. O júri entendeu que o crime foi
cometido por motivo torpe, feito maneira cruel e impossibilitou defesa,
mediante recompensa — conforme os incisos I, III e IV do segundo parágrafo do
artigo 121 do Código Penal Brasileiro (CPB).
José Walter também foi condenado a 17
anos, mas por homicídio duplamente qualificado: motivo torpeza e uso de recurso
que impossibilitou a defesa da vitima — incisos I e IV do segundo parágrafo do
artigo 121 do Código Penal Brasileiro (CPB). A decisão do juiz Edson Feitosa
dos Santos Filho impede que a dupla responda em liberdade.
A defesa de Júlio César, realizada
pelo defensor público Luis Átila de Holanda Bezerra, sustentou a tese de menor
participação. Já os advogados de José Walter defenderam a inocência do réu. O
POVO Online tentou contato com os defensores, mas, até o momento, não teve as
ligações atendidas.
O Crime
Maria das Graças foi assassinada por asfixia, realizada por meio de um arame. Ela ainda teve o pescoço perfurado por uma faca. A vítima foi encontrada morta no próprio carro, em Itaitinga (Grande Fortaleza), após encontrar-se com o assassino na rodoviária Engenheiro João Thomé, no Bairro de Fátima. O inquérito policial apurou que Júlio foi contratado por José Walter por R$ 4 mil.
Maria das Graças foi assassinada por asfixia, realizada por meio de um arame. Ela ainda teve o pescoço perfurado por uma faca. A vítima foi encontrada morta no próprio carro, em Itaitinga (Grande Fortaleza), após encontrar-se com o assassino na rodoviária Engenheiro João Thomé, no Bairro de Fátima. O inquérito policial apurou que Júlio foi contratado por José Walter por R$ 4 mil.
Em aditamento da denúncia, o
Ministério Público estadual (MP/CE) ainda acrescentou à trama Francisco de
Assis da Silva Gomes, em maio deste ano. Ele teria intermediado a contratação
de Júlio César e participado no homicídio. Francisco de Assis está foragido e
será julgado em processo separado.
Fonte: O POVO Online