O candidato a Prefeitura de Fortaleza pelo PR, Capitão
Wagner, diz que, se eleito em 2016, não deixará o cargo para disputar
o Governo
do Estado em 2018. Desde
que foi suplente de deputado estadual em 2010, o policial militar reformado
nunca concluiu um mandato eletivo no Poder Legislativo, o que se repetiu em
2012 quando foi eleito vereador e em 2014 quando conquistou vaga de titular na
Assembleia Legislativa do Ceará (AL-CE).
Capitão Wagner participou nesta
quinta-feira (6) de sabatina na rádio Tribuna Band News FM, falou sobre
propostas de governo e atacou o adversário Roberto Cláudio(PDT), acusando-o de não
ter atuado na medicina.
“Em relação a questão dos mandatos, a
gente tem que lembrar que quem coloca o político na cadeira que ele ocupa é o
povo, e o povo me tirou da cadeira de vereador e me colocou na Assembleia
Legislativa e agora meu nome está à disposição para disputar a Prefeitura. (…)
Seria realmente um absurdo arriscar uma eleição para governador sem ter tido
tempo de mostar a capacidade de administrar uma cidade, então declaro
publicamente que, se eleito for, vou sim cumprir meu mandato de 1° de janeiro
de 2017 até 31 de dezembro de 2020”, afirmou Wagner. Ele disse que, caso não
seja eleito prefeito, não sabe se disputará eleição em 2018.
Capitão Wagner falou também sobre as propostas relacionadas à segurança pública.
Ele frisou que a Guarda Municipal – a quem promete armar – fará um
trabalho integrado com as polícias a partir da Coordenadoria Integrada de
Operações de Segurança (Ciops) que distribuirá as demandas. Questionado sobre o
limite de atuação da Polícia Militar, comandada pelo Governo do Estado, e a
Guarda Municipal, da Prefeitura de Fortaleza, ele disse que não haverá conflito
de responsabilidade. “A gente vai dar continuidade ao que existe, não vou ter
que adular o governador (Camilo Santana, PT)”, disse o candidato, sobre o
trabalho em parceria na Ciops.
“Por que a Guarda Municipal hoje não
atua? A gente até tem visto o candidato opositor dizendo que a Guarda, assim
que tomar conhecimento de um crime, vai avisar à Polícia. A Guarda não é menino
de recado. Pode atuar, tem poder de Polícia”, ressaltou.
Apoios
no 2° turno
Capitão Wagner ressaltou que tem
mantido diálogo com o PRB do ex-candidato Ronaldo Martins; e com o PSB de
Heitor Férrer, para garantir apoio político no segundo turno. Segundo ele,
ambos os partidos devem anunciar posicionamento até o final da semana. Nesta
sexta-feira (7), Wagner tem encontro com o presidente estadual do PSB, o
deputado federal Danilo Forte.
O candidato também falou sobre a falta
de apoio do PT, a quem apoiou em 2012, quando Elmano de Freitas (PT) foi
candidato à sucessão de Luizianne Lins (PT). “Não me sinto traído. A política
tem dessas coisas, a gente tem que ter tranquilidade para aceitar o
posicionamento dos partidos. Muitas vezes você não tem a decisão dentro do seu
próprio partido, imagina sobre outro”, ressaltou.
Após anúncios de que se dividiria
entre apoiar Roberto Cláudio (PDT) e indicar voto nulo no segundo turno, o PT voltou atrás e marcou reunião para esta sexta-feira para alinhar o
posicionamento. Lideranças divergem sobre apoiar o ex-adversário da campanha de
2012, mas são unânimes em dizer que são contrários a apoiar Capitão Wagner. “O
posicionamento do PT não nos preocupa, o que nos preocupa é atrair os eleitores
que votaram na Luizianne no primeiro turno”, destacou o candidato.
O adversário do atual prefeito fez ataques durante alguns momentos do
debate, criticando a falta de equipamentos da Guarda Municipal e a escolta de
policiais militares ao prefeito, por exemplo. Ao comentar o apoio ao PT em
2012, Capitão Wagner voltou a criticar Roberto Cláudio em sua principal área de
atuação: a saúde.
“Naquele momento a gente acreditava
que o melhor para Fortaleza fosse que o Elmano ganhasse a eleição e,
infelizmente, não ocorreu, Hoje está provado que realmente a gestão do prefeito
Roberto Cláudio não atendeu os anseios da população. Havia uma expectativa
muito grande: ‘O prefeito é médico, acho que pelo menos na gestão da saúde ele
vai melhorar’. E a gente acaba descobrindo depois nos bastidores que nunca o
prefeito exerceu a medicina, e fica difícil se apresentar como médico se você
nunca exerceu a profissão”, atacou Wagner.
No primeiro turno, durante os debates
finais, ambos os candidatos trocaram farpas,
com críticas nas áreas em cada um se tornou mais conhecido da população:
saúde e segurança pública.
Fonte: Tribuna do Ceará