Tribuna do Ceará apurou que a princípio seriam 43
praças e um oficial, que teria patente de tenente
Mais de 40 policiais tiveram prisões decretados
pela Justiça, na última terça-feira (30), denunciados por envolvimento da
chacina do Curió. Os denunciados estariam ligados à chacina direta ou
indiretamente, por participação direta ou omissão entre outras possibilidades.
Os crimes aconteceram no dia 12 de novembro de
2015, deixando 11 pessoas mortas e sete feridas, nos bairros do Curió e São
Miguel, em Fortaleza. Tribuna do Ceará apurou que a princípio seriam 43 praças
e um oficial, que teria patente de tenente. A primeira audiência do processo
sobre a chacina foi marcada para dia 7 de outubro. Na ocasião, serão ouvidas
vítimas sobreviventes.
Os policiais receberam os mandatos de prisão
preventiva e se apresentaram, nesta quarta-feira (31), no 5º Batalhão da
Polícia Militar, fardados, mas desarmados. No local, cerca de 60 policiais à
paisana estiveram para dar apoio. Dentre os policiais que estão sendo detidos,
tem uma policial mulher, que será levada para o Batalhão de Choque.
A Polícia Militar através do relações públicas,
Coronel Andrade, afirmou que não irá se pronunciar. “Não vamos nos manifestar,
iremos apenas cumprir o que foi determinado pela Justiça”, disse o coronel.
Manifestando apoio, a Associação dos Profissionais
da Segurança Pública do Ceará (APS) disponibilizará 10 advogados para defender
os policiais envolvidos no caso. A Associação também tratará cada caso de forma
individual, entrando com a revogação para a liberdade dos presos.
Outro ponto que a APS contesta é que a prisão
preventiva aconteceu após quase 1 ano do caso e, segundo a Associação, esse
tipo de decisão ocorre de forma quase imediata ao crime. Sobre manifestações de
familiares e uma possível paralisação dos profissionais, a APS afirmou não ter
conhecimento.
Nota
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa
Social (SSPDS) informa que a Polícia Militar do Estado do Ceará recebeu, da 1ª
Vara do Júri, 44 mandados de prisão preventiva de policiais militares suspeitos
de envolvimento no episódio das mortes de 11 pessoas na região da Grande
Messejana, em Fortaleza, em novembro de 2015. “Os policiais apresentaram-se no
5º Batalhão da Polícia Militar, sede do Comando de Policiamento da Capital
(CPC), onde funciona o presídio militar. Eles estão recolhidos à disposição da Justiça”.
Com informações das repórteres Emanuela Braga e
Luciana Lemos do Barra Pesada
Curió
0h20min – Antônio Alisson Inácio Cardoso, 17 anos
0h20min – Jardel Lima dos Santos, 17 anos
1h20min – Alef Souza Cavalcante , 17 anos
1h20min – Renayson Girão da Silva, 17 anos
1h54min – Patricio João Pinho Leite, 16 anos
3h33min – Jandson Alexandre de Sousa, 19 anos
3h33min – Francisco Elenildo Pereira Chagas, 41
anos
3h33min – Valmir Ferreira da Conceição, 37 anos
3h57min – Pedro Alcantara Barroso do Nascimento, 18
anos
Messejana
3h57min – Marcelo da Silva Pereira, 17 anos
3h57min – Desconhecido do sexo masculino
Fonte: Tribuna do Ceará