Quixadá. Os três policiais militares mortos
em um confronto com bandidos no final da tarde da última quinta-feira (30)
estão sendo velados durante a manhã e a tarde desta sexta-feira (1º). O enterro
acontece às cinco da tarde no cemitério do Município.
O
velório do cabo Antônio Joel de Oliveira Filho e do soldado Antônio Lopes
Miranda Filho acontece no complexo velatório no bairro Planalto Universitário.
O sargento Francisco Guanabara Filho, ocorre em sua residência. O clima é de
intensa emoção e revolta. Familiares e amigos estavam bastante abalados. Um
policial, bastante abatido, dizia “Meu Deus! Era para ter sido eu também! Como
é que isso pode acontecer?”. Autoridades do município estiveram no local e
prestaram o apoio aos familiares.
A cidade amanheceu diferente. Casa noturnas
cancelaram a programação na noite anterior e alguns comerciantes não abriram
nesta manhã. O clima é de revolta. Depois do episódio, a cobrança de Quixadá é
unânime: mais segurança. “A gente sai para ir deixar a filha na faculdade
porque não dá mais para andar sozinho não!”, disse uma moradora.
A
movimentação de policiais no quartel ainda era intensa esta manhã. Homens do
Comando Tático Rural (Cotar),Batalhão de Polícia de Choque (BPChoque), Ronda
de Ações Intensivas e Ostensivas (Raio),
além de policiais civis e militares ainda trabalham fechando o cerco na cidade
na busca pelos bandidos.
O
distrito de Juatama, onde o fato aconteceu, também amanheceu cercado. De acordo
com o tenente coronel Humberto de Sousa, um helicóptero da Coordenadoria
Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer) fez voos antes das seis da manhã em um
lugar onde dois dos suspeitos teriam sido vistos. “Um praticante de voo fez do
alto uma filmagem onde dois deles abordam um motorista de um caminhão-pipa e
usam o veículo em uma fuga. Nos vimos as filmagens e estamos agora em busca
destes homens”. Para o tenente, a prisão do grupo é uma questão de honra.
“Temos que prender estes homens e não vamos descansar enquanto isso não
acontecer”.
Conforme
o coronel Humberto, cerca de 300 policiais estão na cidade e mais de 27
viaturas estão sendo usadas para fechar o cerco. As equipes de cidades vizinhas
colaboram com a ação.
Fonte: DN