Desde outubro de 2015, já foram notificados 598 casos
de microcefalia.
Morte de outros 16 bebês estão sendo investigadas.
Morte de outros 16 bebês estão sendo investigadas.
O Ceará já tem 136 casos de microcefalia
confirmados até esta terça-feira (26), de acordo com boletim
epidemiológico divulgado pela Secretaria de Saúde do Estado (Sesa). Do total de
casos confirmados, em 20 foi comprovado a relação com o vírus Zika. Foi
confirmada a morte de 21 bebês em consequência da doença. Em 10 bebês mortos
houve identificação do vírus Zika em tecido fetal. Outras 16 mortes estão sendo
investigadas.
De acordo com informe do Ministério da Saúde, no entanto, esse dado não
representa, adequadamente, a totalidade do número de casos relacionados ao
vírus. A pasta considera que houve infecção pelo Zika na maior parte das mães
que tiveram bebês com diagnóstico final de microcefalia.
Desde 22 de outubro de 2015 - quando se iniciaram as investigações a
respeito da doença - foram notificados 598 casos no Ceará, 260 foram
descartados e 152 seguem em investigação. Das 21 mortes confirmadas no estado,
oito ocorreram em Fortaleza.
Transmissor do vírus da zika, que pode causar a microcefalia, o Aedes Aegypti é também vetor da dengue, febre
chikungunya, febre amarela e síndrome de Guilain Barré.
Gestantes
As gestantes estão sendo orientadas a adotarem medidas que possam reduzir a presença do mosquito Aedes aegypti, com a eliminação de criadouros, e proteger-se da exposição de mosquitos, como manter portas e janelas fechadas ou teladas, usar calça e camisa de manga comprida e utilizar repelentes permitidos para gestantes.
As gestantes estão sendo orientadas a adotarem medidas que possam reduzir a presença do mosquito Aedes aegypti, com a eliminação de criadouros, e proteger-se da exposição de mosquitos, como manter portas e janelas fechadas ou teladas, usar calça e camisa de manga comprida e utilizar repelentes permitidos para gestantes.
A microcefalia é uma condição rara em que o bebê nasce com um crânio de
um tamanho menor do que o normal – com perímetro inferior ou igual a 33
centímetros. A condição normal é de que o crânio tenha um perímetro de pelo
menos 34 centímetros. Essas medidas, no entanto, valem apenas para bebês
nascidos após nove meses de gestação, e não são referência para prematuros.
Na maior parte dos casos, a microcefalia é causada por infecções
adquiridas pelas gestantes, especialmente no primeiro trimestre de gravidez –
que é quando o cérebro do bebê está sendo formado. De acordo com os
especialistas, outros possíveis causadores da microcefalia são o consumo
excessivo de álcool e drogas ao longo da gestação e o desenvolvimento de
síndromes genéticas, como a síndrome de Down.
Testes passam a ser obrigatórios
Os testes para diagnosticar a infecção pelo vírus da zika passarão a ter cobertura obrigatória pelos planos de saúde, segundo uma resolução da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) publicada no Diário Oficial da União.
De acordo com a resolução, que entra em vigor no dia 6 de julho, três
tipos de testes de zika passam a fazer parte do Rol de Procedimentos e Eventos
em Saúde no Âmbito da Saúde Suplementar: o teste de zika por PCR, IgM e IgG.
O teste PCR, ou de biologia molecular, consiste em multiplicar a
quantidade de RNA do vírus na amostra coletada, ou seja, amplificar o material
genético do vírus para que seja possível identificá-lo quimicamente. O teste
molecular, apesar de ser preciso, é capaz de detectar a presença do vírus em um
período muito curto de tempo: só até cinco dias depois do aparecimento dos
sintomas.
Já os testes IGM e IGG, ou testes sorológicos, são capazes de detectar
anticorpos produzidos em resposta à infecção pelo vírus da zika. O IgM
(imunoglobulina M) detecta anticorpos produzidos na fase aguda da doença e o
IgG (imunoglobulina G) detecta se houve infecção anterior pelo vírus.
ecomendações
Para evitar o contágio, a Secretaria de Saúde orienta sobre os cuidados com o mosquito Aedes aegypti, vetor do vírus. As gestantes devem fazer uso de repelente tópico, considerando a relação causal entre o Zika vírusx e os casos de microcefalia relacionada ao vírus Zika diagnosticados no país. Estudos indicam que o uso tópico de repelentes a base de DEET por gestantes não apresenta riscos.
Em casa, os repelentes ambientais saneantes regularizados devem
ser regularizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisax).
Esses produtos não devem ser indicados ou utilizados diretamente em seres
humanos, mas em superfícies inanimadas e/ou ambientes, seguindo sempre, com
atenção, as orientações do fabricante.
É importante que as gestantes realizem um acompanhamento e as consultas
de pré-natal, com a realização de todos os exames recomendados pelo
médico. Elas também não devem consumir bebidas alcoólicas ou qualquer
outro tipo de drogas, não utilizar medicamentos sem orientação médica e evitar
contato com pessoas com febre ou infecções.
Além disso, a população deve adotar medidas que possam reduzir a
presença de mosquitos transmissores de doença, com a eliminação de criadouros e
proteger-se da exposição de mosquitos, como manter portas e janelas fechadas ou
teladas. Gestantes devem usar calça e camisa de manga comprida e utilizar repelentes
permitidos para gestantes.
Fonte:
G1 Ceará