quarta-feira, 29 de junho de 2016

Veterinária cearense é processada após se recusar a sacrificar animal

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A veterinária cearense Karine Paiva está sendo processada pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária por não ter realizado o procedimento de sacrifício da cadela que estava com leishmaniose. O caso ganhou grande repercussão nesta terça-feira (28), após uma publicação nas redes sociais da ativista Luisa Mell, conhecida nacionalmente.
“Amigos, a dra Karine Paiva realiza um importante trabalho em Fortaleza, onde realiza mutirões de castração a preços populares. Além de ter sua própria clinica, é uma veterinária que ajuda a proteção animal. Ama e luta pelos animais. Deveria receber prêmios e aplausos por isso. Mas o Conselho de medicina veterinária acha o contrário”, afirmou em sua rede social.
A médica veterinária é conhecida em Fortaleza pelo trabalho que realiza há 6 anos. Ela faz tratamento em animais, como castração, a preços mais populares e também faz parte de ONG’s que defendem animais. Segundo a médica, o processo está em andamento de um caso que aconteceu em 2014, no município de Beberibe.
“Eu recebi realmente o processo e a audiência está programada para o próximo mês. Estou com minha consciência tranquila e também muito agradecida pelo apoio que estou recebendo”, explicou.
Porém, a veterinária discorda do posicionamento do Conselho. “Meu questionamento é que existem vários animais com calazar, outras doenças, e não são sacrificados por outros veterinários, e esses não são notificados”, argumenta Karine Paiva. A leishmaniose chegando ao homem é dado o nome de calazar.
Já para o Conselho Regional de Medicina Veterinário do Estado do Ceará, a notificação de não tratar animais com a zoonose vem do Ministério da Saúde e o órgão estadual deve cumprir. “Os conselhos regionais cumprem as ordens da ordem federal. Apenas um caso em Mato Grosso do Sul, quando um juiz concedeu uma liminar e liberou o tratamento de um animal com a doença. No nosso Conselho não é permitido”, afirma o presidente do órgão, Célio Pires Garcia.
A médica Karine Paiva será julgada no próximo mês e pode ser penalizada de forma mais branda, com apenas uma notificação ou até mesmo de forma mais radical, com a cassação do diploma.

Fonte: Tribuna do Ceará
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