Manifestação reuniu simpatizantes do deputado na Praia de Iracema.
Ato durou cerca de duas horas.
Um grupo de aproximadamente 200 pessoas, segundo os organizadores,
participam na tarde deste domingo (1ª) de um ato em apoio ao deputado federal
Jair Bolsonaro (PSC-RJ), no Aterro da Praia de Iracema, em Fortaleza. Várias
pessoas alheias ao movimento paravam no calçadão para observar a manifestação.
Com faixas, cartazes e um boneco inflável do deputado Jair Bolsonaro, os
manifestantes cantaram o Hino Nacional e seguem gritando frases como
"Bolsonaro guerreiro, orgulho brasileiro" e “fora comunismo. No ato, o
grupo também protestou contra o Estatuto do Desarmamento. A manifestação, que
foi iniciada por volta das 16 horas, terminou às 18h10.
Declarações
Em seu voto a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff, em 17
de abril, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) prestou homenagem ao
coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, reconhecido pela Justiça brasileira
como torturador. Ustra atuou no Doi, de São Paulo, entre 1970 e 1974, principal
centro de repressão aos esquerdistas contrários à ditadura militar (1964-1985).
Jair Bolsonaro citou também as Forças Armadas e o comunismo.
"Perderam em 1964, perderam agora em 2016. Pela família e pela
inocência das crianças em sala de aula, o que o PT nunca teve. Contra o
comunismo, pela nossa liberdade, contra o Foro de São Paulo, pela memória do
coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, o pavor de Dilma Rousseff, pelo
Exército de Caxias, pelas nossas Forças Armadas, por um Brasil acima de tudo e
por Deus acima de todos, o meu voto é sim.”
Por causa da homenagem a Ustra, a Procuradoria-Geral da República já
recebeu mais de 20 mil representações contra Bolsonaro. As ações apontam
apologia à tortura por parte do parlamentar. Agora, o procurador-geral da
República, Rodrigo Janot, decidirá se pede ou não ao Supremo Tribunal Federal
abertura de inquérito contra o deputado.
Em nota, Bolsonaro disse que não há sentença criminal que tenha
condenado definitivamente o coronel Brilhante Ustra por tortura. Bolsonaro
disse ainda que, pela Constituição, os parlamentares são invioláveis, civil e
penalmente, por suas opiniões, palavras e votos.
Fonte: G1-CE













