Alunos da rede pública de ensino do Ceará já ocupam 30 escolas de
Fortaleza e interior do Ceará em apoio à greve do professores, iniciada em
abril. Os alunos cobram também melhorias nas escolas e afirmam que deixaram as
escolas se o Governo do Estado garantir a reivindicação do grupo.
Na Escola Polivalente do José Walter, em Fortaleza, as salas de aula
viraram dormitório para 30 estudantes que dormem na unidade há dois dias. Eles
se alimentos de produtos doados pelos vizinhos.
"As pautas gerais são o passe livre estudantil, a gente quer ter
voz dentro da escolar, participar de votação nas escolas porque a gente é
ameaçado", diz a estudante Emanuelle Vieira. Uma das melhorias estruturais
que eles cobram na escola é o fim de goteiras, que alagam as salas e corredores
sempre que chove.
Outras 29 escolas estão na mesma situação. A maior parte das unidades
ocupadas por alunos fica em Fortaleza, 22 delas; o caso se repete em Maracanaú
(3), Juazeiro do Norte (3) e Crato (2).
A Secretaria da Educação afirma que tem mantido diálogo com diretores,
professores e alunos para buscar melhorias para as categorias.
Anúncio de investimentos
Na semana passada, o governador do Ceará, Camilo Santana, anunciou
investimento de R$ 140 milhões para educação, parte para atender às
reivindicações de alunos, e professores em greve. As paralisações dos
professores afetam 700 escolas e mais de meio milhão de alunos.
Para reformas e melhoria na estrutura física das escolas da rede
estadual, Camilo Santana anunciou investimento de R$ 32 milhões. Também foi
anunciado a criação de um suprimento de fundos para as 709 escolas da rede
estadual no valor adicional de R$ 5 milhões ao ano, a fim de agilizar e
facilitar a gestão da escola em relação aos problemas rotineiras, como
reposição de material e conserto de equipamentos.
Fonte: G1-CE