Em pronunciamento agora há pouco no
Palácio do Planalto, a presidente Dilma Rousseff demonstrou "o mais
absoluto inconformismo" com a "desnecessária condução
coercitiva" do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e
"indignação" com os termos da delação premiada do senador Delcídio do
Amaral.
Dilma iniciou o
pronunciamento, para o qual os jornalistas foram convocados em um dos salões do
Palácio do Planalto, com um breve comentário sobre o episódio da condução
coercitiva de Lula para depoimento aos investigadores da Operação Lava Jato em
São Paulo.
"Quero manifestar o meu
mais absoluto inconformismo com o fato de o ex-presidente Lula, que por várias
vezes compareceu de forma voluntária para prestar esclarecimentos perante as
autoridades, seja agora submetido a uma desnecessária condução coercitiva para
prestar mais um depoimento", disse.
Em seguida, ela se dedicou
a falar sobre o conteúdo do depoimento em delação premiada do senador Delcídio
do Amaral (PT-MS), no qual ela é acusada de tentar interferir nas investigações
da Operação Lava Jato e de ter conhecimento do esquema de corrupção na
Petrobras.
Ao falar sobre o trecho da
delação de Delcídio na qual o senador disse que ela nomeou um ministro do STJ
para beneficiar empresários denunciados na Lava Jato, Dilma disse que jamais
tratou do assunto com o senador.
"Do
ponto de vista institucional, não teria nenhuma razão a pedir com um senador
para conversar com um juiz. Não é o senador que participa dos processos de
nomeação dos ministros do STJ e nem do Supremo. Nomeei 16 ministros do STJ e 5
do Supremo. É absolutamente subjetiva e insidiosa a fala do senador, se ela foi
feita", declarou.
Fonte:
Ceará
News 7.