
“O grande temor do Ciro Gomes é irmos para um
debate para falarmos de Segurança Pública de forma ampla e diferente. Ele diz
que eu tenho envolvimento com o narcotráfico, mas os traficantes elogiam é o
governo e fazem ameaças a mim e ao deputado Vitor Valim”.
A declaração foi feita pelo deputado estadual
Capitão Wagner (PR), ao reagir contra as declarações recentes do ex-governador
do Ceará e ex-ministro Ciro Gomes, que insiste em acusá-lo de chefe de uma
milícia. Ponderado, Wagner afirmou que não iria entrar neste “debate baixo”,
preferindo ampliar as discussões sobre a Segurança Pública no Estado e os
problemas que afetam a cidade de Fortaleza.
“Segurança Pública envolve ações do Município,
Estado e União, o Judiciário, Legislativo e Executivo e o papel preponderante
da Imprensa. É assim que a gente deve discutir a realidade de Fortaleza que se
tornou, no último governo, a cidade mais violenta do Brasil. Lógico, vamos
partir esse debate na Segurança Pública, mas ampliando para outros temas
diversos e importantes de nossa cidade”, disse o deputado que é pré-candidato à
prefeito nas próximas eleições.
Na entrevista ao programa “Ceará News” desta
terça-feira (8), através da Rede Plus de Rádio FM, o deputado republicano
abordou ainda a questão das ações criminosas de facções em Fortaleza, com os
recentes ataques a ônibus, delegacias e a um prédio da Secretaria da Justiça e
da Cidadania (Sejus). “Tentar acabar com os ataques com Polícia ostensiva não
vai resolver. O que resolve é investigação e Inteligência”.
Alvos
Wagner criticou a atitude do Comando da PM de ter
sustado as férias de policiais para que estes reforcem a segurança nas delegacias
da Polícia Civil. “Colocaram policiais militares na frente das delegacias, à
noite, como alvos. Isso é irresponsabilidade e alguém está seguindo a ordem do
Ciro Gomes. Querem os policiais como alvo”.
Ele voltou a defender a presença no Ceará da Força
Nacional de Segurança (FNS), cujo requerimento de sua autoria neste sentido foi
aprovado por unanimidade na Assembleia Legislativa, mas que não acatado pelo
governador Camilo Santana (PT). “Prova da necessidade da Força veio agora,
quando mandaram sustar as férias dos policiais”.
Por FERNANDO RIBEIRO e LAYANNA VASCONCELOS