A
presidente Dilma Rousseff criticou nesta segunda-feira 30, durante discurso no
primeiro dia da Conferência do Clima de Paris (COP21), a "ação
irresponsável" de empresas que resultou na tragédia de Minas Gerais, após
o rompimento de uma barragem de rejeitos da mineradora Samarco no município de
Mariana (MG).
"A ação irresponsável de umas empresas provocou o maior
desastre ambiental na história do Brasil, na grande bacia hidrográfica do rio
Doce", disse a presidente, no encontro onde mais de 150 líderes mundiais
estão reunidos para uma cúpula da ONU com objetivo de chegar a um acordo para
tentar conter o aquecimento global.
Dilma destacou ainda: "Estamos reagindo pesado com
medidas de punição, apoio às populações atingidas, prevenção de novas
ocorrências e também punindo severamente os responsáveis por essa
tragédia". O desastre já deixou 13 mortos até o momento, 11 desaparecidos
e matou nove toneladas de peixes no Rio Doce, o principal da região, segundo o
Ibama.
A presidente brasileira também defendeu, em sua fala, que o
acordo contra o aquecimento global, a ser assinado durante a conferência, tenha
força legal, um discurso mais alinhado à União Europeia do que ao presidente
dos Estados Unidos, Barack Obama, que defendeu pouco antes um acordo que não
precise passar pelo Congresso e ser transformado em lei nos países.
Fonte: Brasil 247.