O diretor do DIP,
delegado Francisco Carlos Crisóstomo de Araújo, disse que existe um
acompanhamento das quadrilhas que atuam nos roubos a carro-forte e a banco por
parte do titular da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), Raphael Vilarinho. “A
quadrilha ‘número um’ é a dos Pipocas. Eles estavam no presídio da Cigana, em
Caucaia, mas foram transferidos para Quixadá. E eles comandam os crimes de
dentro do presídio. Compram imóveis em nome de laranjas, atuam como
empresários, têm postos de combustíveis, distribuidoras de água e possuem apoio
político”, relatou o diretor do DIP.
O departamento de
Inteligência apurou que a quadrilha é comandada por dez pessoas, mas é composta
por mais de 50 homens. Conforme o diretor, um ex-soldado das Rondas Ostensivas
Tobias de Aguiar (Rota), de São Paulo, é um desses investigados. Ele é acusado de
ter matado um capitão da Rota, fugir para o Ceará e integrar a quadrilha.
Alguns integrantes estiveram presos no antigo Instituto Penal Paulo Sarasate
(IPPS), em Itaitinga (Região Metropolitana de Fortaleza), e acabaram criando
uma parceria com o Primeiro Comando da Capital (PCC), também de São Paulo.
A munição encontrada no
ataque ao carro-forte, de calibre .50, também foi utilizada em outros ataques a
carro-forte. A arma é usada pelas forças armadas e tem o poder de abater uma
aeronave. “No assalto de Ibaretama e em outros que foram feitos pelos Pipocas,
foi utilizada a metralhadora ponto 50”, comentou Crisóstomo.
Parte da Quadrilha dos
Pipocas foi presa com armas de guerra pelo Comando Tático Rural (Cotar), do
Batalhão de Choque, no dia 14 de janeiro deste ano, após trocar tiros com a
Polícia Militar.
Fonte: O povo