O recorde atingido pela Petrobras no
pré-sal, com a produção de mais de 1 milhão de barris/dia (leia mais aqui), reduz o risco de que seja aprovado o
projeto do senador José Serra (PSDB-SP), que prevê a concessão desses campos de
óleo e gás a empresas internacionais como Exxon e Chevron.
Leia, abaixo, análise de
Fernando Brito, editor do Tijolaço:
Um milhão de barris por dia. O pré-sal já chegou lá, apesar dos
urubus
Não tem manchete para
registrar.
Muito pouca gente escreveu que estava
para acontecer, apesar de estar diante dos olhos de todos, como mostrou este Tijolaço há um mês.
Mas assim, quase
em silêncio e com muito trabalho e capacidade técnica, a Petrobras chegou à
marca de um milhão de barris de petróleo e gás na camada pré-sal do nosso leito
marinho, nas contas fechadas para o mês de julho.
Exatos
1,0041 milhão de barris na medição do “óleo equivalente” – que considera a
capacidade energética do gás natural que vem associado ao petróleo.
Foram 812,1 mil
barris diários, em média, de petróleo e 30,5 milhões de m³ de
gás.
Em
julho do ano passado eram 480,8 mil barris/dia de petróleo e 16,2 milhões
de metros cúbicos de gás natural, equivalentes, no total, a 582 mil barris
diários.
69%
a mais de petróleo; 88% a mais de gás natural e, na soma dos dois, um
crescimento de 72,3% em apenas um ano.
E
isso não tem óleo nem de Libra, nem de Beija-Flor (antes chamado de Franco)os
dois mega campos em desenvolvimento.
Não
existe, em todo o mundo, nenhuma área de extração de petróleo em que a produção
cresça nestes volumes e nestas taxas.
É disso que vamos
“aliviar” a Petrobras?
São estes os
investimentos que devemos cortar para melhorar o “fluxo de caixa”?
Até
mesmo o endividamento da empresa – necessário para o volume de investimento
exigido na epopéia do pré-sal – tem de ser considerado levando em conta a
perspectiva de gigantescas quantidades de óleo que o pré-sal, do dia, vem
provando que possui.
É preciso ser
muito tolo para dizer que “há dúvidas sobre a viabilidade do pré-sal”.
Tolo ou traidor de
sua pátria e de seu povo.
Fonte:
Brasil
247.