O
presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), passou ontem (quinta, 17) a ter
mais um inquérito com que se preocupar no Supremo Tribunal Federal (STF). Além
do Inquérito 3983, a que responde por corrupção passiva e lavagem e
dinheiro no âmbito da Operação Lava Jato, o peemedebista agora terá também
de enfrentar o Inquérito 4123, instaurado por suspeita de crime previsto
na Lei de Licitações. Em tramitação sob segredo de Justiça, o processo foi
encaminhado para despacho ao presidente da corte, Ricardo Lewandowski.
O inquérito, na verdade, é resultado de desarquivamento de
ação determinado em 19 de agosto pelo juiz titular da 14ª Vara Criminal do Rio
de Janeiro, Marcello de Sá Baptista. O processo é referente a irregularidade
supostamente praticada por Cunha à frente da Companhia Estadual de Habitação do
Rio de Janeiro (Cehab), entre 1999 e 2000. O caso teve início com o deputado
Chico Alencar (Psol-RJ), que ajuizou representação contra o peemedebista no
Ministério Público fluminense àquela época, quando era deputado estadual.
O deputado disse ao Congresso em Foco desconhecer o
teor da acusação, em que figura como único alvo. “Não posso falar sobre o que
não conheci”, abreviou Cunha, comentando em seguida a reprodução da página do
STF, com os registros iniciais do inquérito, enviada por mensagem de celular.
“Essa página não me dá condições de responder, porque desconheço o conteúdo.
Como você viu, não tenho qualquer advogado representado nisso. Logo, é algo que
ainda não tomei conhecimento”, reiterou o deputado.
Fonte: Diário do Centro do Mundo.













