A projeção para a cotação do dólar, ao final este
ano foi ajustada de R$ 3,70 para R$ 3,86. Para o fim de 2016, a projeção chegou
a R$ 4
A projeção de instituições financeiras para a
retração da economia este ano passou piorou pela décima vez seguida. Desta vez,
a estimativa para a queda do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens
e serviços produzidos no país, passou de 2,55% para 2,70%. Para 2016, a
expectativa de retração também foi alterada: de 0,60% para 0,80%, no sétimo
ajuste consecutivo.
Essas estimativas são do boletim Focus, publicação
semanal elaborada pelo Banco Central (BC), com base em projeções de
instituições financeiras para os principais indicadores da economia.
Na avaliação do mercado financeiro, a produção
industrial deve apresentar retração de 6,45%, este ano. Na semana passada, a
projeção de queda era 6,20%. Em 2016, o setor deve se recuperar, mas a projeção
de crescimento está cada vez menor: passou de 0,50% para 0,20%, no quarto
ajuste seguido.
O encolhimento da economia vem acompanhado de
inflação acima da meta, este ano. A meta é 4,5%, com limite superior de 6,5%. A
estimativa das instituições financeiras para o Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA), este ano, foi ajustada de 9,28% para 9,34%. Para o
próximo ano, a expectativa é que a inflação fique abaixo do limite superior,
mas ainda distante do centro da meta, em 5,70%, contra 5,64% previstos na
semana passada. Esse foi o sétimo aumento seguido na projeção para inflação em
2016.
Para tentar trazer a inflação para a meta, o BC
elevou a taxa básica de juros, a Selic, por sete vezes seguidas. Depois desse
ciclo de alta, na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), no início do
mês, a Selic foi mantida em 14,25% ao ano.
Para as instituições financeiras, a Selic deve
permanecer em 14,25% ao ano até o fim de 2015 e ser reduzida em 2016. A
projeção mediana (desconsidera os extremos da estimativa) para o fim de 2016
passou de 12% para 12,25% ao ano.
A taxa é usada nas negociações de títulos públicos
no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve como referência
para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o BC
contém o excesso de demanda que pressiona os preços, porque os juros mais altos
encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando reduz os juros básicos, o
Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas alivia o
controle sobre a inflação.
Ao manter a Selic, o BC indica que ajustes
anteriores foram suficiente para produzir os efeitos esperados na economia. O
BC costuma dizer que os efeitos de elevação da Selic se acumulam e levam tempo
para aparecer.
A pesquisa do BC também traz a projeção para a
inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI),
que foi alterada de 7,77% para 8,25%, este ano. Para o Índice Geral de Preços -
Mercado (IGP-M), a estimativa passou de 7,77% para 7,86%, em 2015. A estimativa
para o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas
Econômicas (IPC-Fipe) foi alterada de 9,30% para 9,46%, este ano.
Agência Brasil













