Em sua fala
hoje na ONU, Francisco voltou a criticar a exclusão e a desigualdade social.
O
abuso e a destruição do meio ambiente aparecem associados, simultaneamente, com
um processo ininterrupto de exclusão. Na verdade, uma ambição egoísta e
ilimitada de poder e bem-estar material leva tanto a abusar dos meios materiais
disponíveis como a excluir os fracos e os menos hábeis, seja pelo fato de terem
habilidades diferentes (deficientes), seja porque lhes faltam conhecimentos e
instrumentos técnicos adequados ou possuem uma capacidade insuficiente de
decisão política.
A exclusão econômica e social é uma negação total da
fraternidade humana e um atentado gravíssimo aos direitos humanos e ao
ambiente. Os mais pobres são aqueles que mais sofrem esses ataques por um
triplo e grave motivo: são descartados pela sociedade, ao mesmo tempo são
obrigados a viver de desperdícios, e devem sofrer injustamente as consequências
do abuso do ambiente.
Estes fenómenos constituem, hoje, a «cultura do descarte» tão
difundida e inconscientemente consolidada.
Fonte: Diário do Centro do Mundo.













