O
juiz que andava sentando em cima de todos os pedidos do Ministério Público, não
deixando fazer nenhuma prisão preventiva de 48 horas (na Lava Jato, as
preventivas são "eternas"), foi afastado do caso.
É a primeira grande vitória
política da Zelotes!
***
Abaixo, texto da assessoria do gabinete do deputado federal
Paulo Pimenta (PT-RS), que preside subcomissão na Câmara para acompanhar a
operação.
Juiz da Operação Zelotes é afastado do caso
Magistrado negou pedidos de
prisão de envolvidos, acusados de terem desviado cerca de R$ 20 bilhões dos
cofres públicos
O
juiz Ricardo Augusto Soares Leite, responsável pela 10ª Vara Federal do DF, não
responde mais pelo processo da Operação Zelotes, considerado o maior escândalo
de corrupção do país. O magistrado foi afastado e quem responderá pelo caso
será a juíza Marianne Borré.
Ricardo Leite, que negou os pedidos de prisão temporária de
26 investigados solicitados pelo Ministério Público Federal, teve sua conduta
criticada pelo Ministério Público Federal e pela Polícia Federal, órgãos
responsáveis pela investigação da Operação Zelotes. Nos últimos meses, duas
representações contra o magistrado foram protocoladas, uma feita pelo MPF na
Corregedoria do Tribunal Regional Federal da 1ª região, e outra encaminhada ao
Conselho Nacional de Justiça, pelo relator da subcomissão da Câmara dos
Deputados que acompanha as investigações sobre o esquema de corrupção no
Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf), deputado federal Paulo
Pimenta (PT-RS). A representação do parlamentar foi acolhida pela Corregedora
Nacional de Justiça, ministra Nancy Andrighi, que deu prazo de 15 dias para o
juiz prestar informações.
Em declarações na noite de quarta-feira (5), o deputado
Pimenta disse esperar que a substituição do juiz “seja para melhor” e que o
Poder Judiciário passe a atender as solicitações do MPF e da Polícia Federal na
Operação Zelotes. “Esperamos que sejam reconsideradas decisões tomadas pelo
juiz Ricardo Leite, como a de negar todos os pedidos de prisão temporária, a de
impedir o acesso da população aos autos do processo, entre outras. Talvez por
não ser um escândalo político mas, sim, um caso de corrupção que envolve
grandes empresários e escritórios de advocacia, esse episódio no Carf parece
contar com uma rede de proteção para que as ilegalidades não sejam tornadas
públicas, e o maior exemplo disso é o desinteresse da mídia sobre os R$ 20
bilhões que foram desviados dos cofres públicos”, critica Pimenta.
GABINETE DEPUTADO FEDERAL PAULO PIMENTA.
Fonte: O Cafezinho.