Não foi só a revista Veja que,
neste fim de semana, desembarcou do projeto golpista, liderado pelo senador
Aécio Neves (leia mais aqui).
Em sua reportagem de capa, a
revista Época, da família Marinho, também chegou à conclusão de que a
presidente Dilma Rousseff cumprirá seu mandato até o fim.
Segundo a publicação, o trio formado pelo
senador Renan Calheiros (PMDB-AL), pelo vice Michel Temer e pelo deputado
Eduardo Cunha (PMDB-RJ) protegerá a presidente Dilma Rousseff da ameaça do
impeachment, em razão de seus próprios interesses. Época chega a tratar as
lideranças peemedebistas como a "tropa de choque" de Dilma, como se tal
brigada fosse necessária.
"O equilíbrio político perseguido por
esse tripé da estabilidade institucional impedirá que a ameaça do impeachment
suba a rampa do Planalto", diz a reportagem de Época.
Aguardam-se, para as próximas semanas, capas
sobre temas como saúde, sexo e esoterismo para as revistas da Abril e da Globo.
Veja pula fora:
O golpismo do senador Aécio
Neves (PSDB-MG), derrotado nas últimas eleições presidenciais, começa a se
isolar até entre os setores mais radicais da imprensa brasileira. Editorial
publicado neste fim de semana pela revista Veja, assinado pelo jornalista André
Petry, condena abertamente eventual processo de impeachment contra a presidente
Dilma Rousseff.
O texto aponta que
"suspeitas e impopularidade não são razões para a anulação de um mandato
presidencial". Citando o ex-presidente FHC, também argumenta que não
existem razões para um eventual impeachment. E diz ainda que "a
deposição presidencial não pode ser o alfa e o ômega da oposição" – é uma
crítica direta ao senador Aécio Neves (PSDB-MG), cuja única agenda tem sido a
de defender o golpe.
A guinada editorial de Veja também fica
evidente em vários textos da edição deste fim de semana. Na Carta ao Leitor,
Eurípedes Alcântara cria uma versão piegas do poema "Se", do inglês
Rudyard Kipling, com versos dedicados a Dilma:
Se usar a passagem implacável
do tempo de modo
que consiga fazer o Brasil voltar à normalidade e progredir
da senhora de novo será o poder que recebeu da urna
Em outro texto de opinião, o
colunista Maílson da Nóbrega critica "a irresponsabilidade fiscal do
Congresso", que tem como protagonista o senador Aécio Neves (PSDB-MG).
Numa entrevista recente, Aécio condenou o aumento do Judiciário, dizendo ser
"impagável", mas disse que votou a favor para mostrar que "não
há governo" (leia aqui).
Por fim, até mesmo José Roberto Guzzo, no
texto "Depois de Dilma", passou a apontar que o horizonte para o
pós-Dilma é 2019. Aos poucos, Aécio começa a ser abandonado e a Abril passa a
vocalizar os interesses de dois tucanos que se opõem ao golpe imediato: o
governador Geraldo Alckmin e o senador José Serra (PSDB-SP).
Fonte: Brasil 247.













