Enquanto alguns carros são considerados
maravilhas da engenharia, outros não têm tanta sorte – estão bem longe disso,
na verdade, tendo se tornado exemplos clássicos de fracasso automotivo. Então,
apertem seus cintos (vocês vão precisar): vamos conhecer alguns dos piores
carros que já foram vendidos no planeta.
1.
Ford Pinto
Se você fizer
uma busca rápida pela internet sobre os carros que são sinônimos de desgraça
sobre rodas, pode ter certeza que o Ford Pinto estará por lá. Apesar do nome
particularmente chamativo e propenso às mais variadas piadinhas, para os
americanos até que ele não soava tão mal assim.
Pensado
para ser um compacto de entrada de mercado, o Pinto acabou se revelando uma
espécie de armadilha mortal motorizada: além de um design no mínimo
questionável, o tanque de combustível era quase embutido no parachoque
traseiro.
Isso
significa que, se você batesse atrás do Pinto (o carro, galera!), existia uma
imensa possibilidade de o carro explodir. A Ford, ligeiramente fora de suas
faculdades mentais, resolveu que era mais barato pagar as multas dos eventuais
processos contra ela do que fazer um recall de todos os Pintos defeituosos
(desculpa, não conseguimos evitar) por aí – avaliado em mais ou menos 137 milhões
de dólares no total.
A surpresa ficou para quando
um único processo na Califórnia, em função da morte de um de seus clientes,
resultou em uma multa de US$ 128 milhões, fazendo com que a Ford tivesse que
fazer o recall de qualquer forma e tirasse o carro de circulação.
2.
Fiat Multipla.
Uma imagem vale mais do que mil palavras. E o Fiat Multipla
não deixa qualquer dúvida disso. Apesar de não ter grandes problemas
mecânicos, esse foi um dos casos nesta lista que realmente deu errado
simplesmente por ser feio. O carro até era espaçoso, tinha seis lugares e,
apesar da fama dos carros italianos, era relativamente confiável. Mas, sério
mesmo, como alguém conseguiu aprovar esse design?
3.
Fiat Tipo – a famigerada versão de 1995.
Diretamente da
Itália para o Brasil, o Fiat Tipo era um dos carros com maior potencial de
emplacar no mercado brasileiro, mas ele acabou enfrentando um sério problema
que acabou por virar uma marca registrada durante muito tempo: o carro pegava
fogo.
O
design marcante, a versão esportiva Sedicivalvole que apresentava um desempenho
respeitável para a época e o ótimo interior (se comparado aos demais carros)
fizeram do Tipo um carro muito cobiçado na metade da década de 90.
Porém,
um problema nas mangueiras do sistema hidráulico da direção fazia com que um
fluido altamente inflamável fosse despejado no compartimento do motor e fizesse
com que o carro começasse a pegar fogo.
O episódio ficou ainda pior
por conta da resistência da Fiat em assumir o erro, e o Tipo ficou conhecido
por dar início a anos de bullying contra donos de carros da marca.
4. Audi A2
A engenharia alemã é conhecida por ser
precisa e objetiva, mas parece que, ao tentar inovar, até eles dão umas
derrapadas. Uma dessas situações foi a criação do Audi A2: um carro feito todo
de alumínio.
Só tem um pequeno detalhe: o capô não abre, e
fazer a manutenção do pequenino Audi é uma tarefa extremamente complicada. A
reposição de fluidos e checagem de óleo é feita por uma abertura na grade
dianteira.
Além disso, bater o carro era (e ainda é)
sinônimo de perda total: pouquíssimos latoeiros são capazes de recuperar a
carroceria de alumínio.
5.
Ford Edsel.
Antes de pensar
em lançar o Pinto, a Ford lançou o Edsel, um carro batizado em homenagem a
Edsel Bryant, filho de Henry Ford, e com um desenho extremamente arrojado para
a época (que não via esse arrojo todo com bons olhos).
Apesar
de não ser extremamente feio, os consumidores não foram muito com acara do
Edsel por um motivo bem simples: a sua dianteira. Muitos dizem que a grade
frontal do carro parece com uma... Vagina – o que rendeu diversas piadinhas com
o carro também.
6.
Bricklin SV-1
Malcom Bricklin é
conhecido na indústria automotiva como "um idiota com iniciativa".
Ele ganhou esse apelido depois de tentar por diversas vezes emplacar carros que
foram fracassos totais. O SV-1 foi um deles.
Ok,
o desenho do carro não é tão ruim: na verdade, parece que de alguma forma ele
inspirou o famosíssimo DMC DeLorean (o carro de "De Volta para o
Futuro"). Mas Bricklin era um cara tão preocupado com segurança – em
função de experiências anteriores desastrosas – que ele acabou perdendo a mão
no SV-1.
O
carro era muito pesado e nada potente, uma combinação não muito empolgante
quando se trata de automóveis – as portas "asa de gaivota" pesavam 50
kg cada.
Por
ironia, o carro superseguro também estava sujeito a incêndios (mesmo sem
acendedores de cigarro), que se propagavam de forma rápida e eram difíceis de
apagar em função do excesso de plástico utilizado na construção do veículo.
7.
Yugo.
Mais uma aposta
errada de Bricklin, que decidiu importar o Yugo para os Estados Unidos na
década de 80. O carro era uma representação perfeita do que era indústria
automotiva soviética: quadrada, fraca e nada confiável.
O
Yugo era extremamente barato, é verdade, mas isso não surpreende quando você
descobre que até mesmo os tapetes internos eram um opcional do veículo. Diferente
do igualmente quadrado Lada Riva, que ainda conseguiu ser vendido em alguns
lugares do mundo, o Yugo foi mais um fracasso em vendas – e mais um nos
registros de Bricklin.
8.
Clenet Series I.
O problema em
tentar ressuscitar um carro clássico em um modelo moderno é que, na maioria das
vezes, não vai dar certo. O Clenet Series I é um ótimo exemplo disso.
Ele
é um Mercury Cougar com um chassi de MG. Para quem não entende muito do
assunto, seria como pegar um chassi de Opala e adaptá-lo em uma carcaça de
Fusca. O resultado é um capô exageradamente longo e um carro que não passava
qualquer confiança por ser feito em fibra de vidro e plástico.
9.
Romi-Isetta.
Os amantes de
carros adoram o pequeníssimo Romi-Isetta, fabricado no Brasil entre 1956 e
1961. O problema dele, no entanto, foi o período em que foi vendido: enquanto o
mundo pós-guerra via as famílias crescerem, um carro com dimensões tão
diminutas não tornava as coisas tão práticas.
Apesar
de ser um carro com boa dirigibilidade e performance dentro do aceitável para a
época, o Isetta não conseguiu conquistar o público e hoje só é visto nas mãos
de colecionadores por aí.
10. Gurgel BR-800
A Gurgel foi a tentativa de fazer crescer a
indústria automobilística 100% nacional, mas, a julgar pelos carros da empresa,
fica difícil acreditar que isso daria certo.
Um dos carros que exemplificam isso é o
BR-800, que apesar de contar com motor relativamente moderno para a época em
que o carro foi lançado – e tido como extremamente confiável até para os
padrões atuais –, tinha um visual nada bonito.
Muitas pessoas dizem, inclusive, que os
carros feitos pela empresa brasileira pareciam ser produzidos com peças prontas
de papelão.
Fonte: Mega
Curioso.