Acusado recentemente pela
Polícia Federal por conta de lavagem de dinheiro, evasão de divisas, falsidade
ideológica e falsificação de documentos públicos, Ricardo Teixeira, presidente
da Confederação Brasileira de Futebol por 23 anos, também pode estar ligado ao
ex-mandatário do Barcelona, Sandro Rosell. De acordo com a revista Época, ambos
mantinham uma parceria secreta através de duas empresas.
O veículo traz uma carta em que
comprova a ligação de Teixeira com Rosell. A relação entre os cartolas
representaria um conflito de ética, já que, na mesma época em que Teixeira
presidia a CBF, Rosell era dirigente da Nike. O documento é considerado sigiloso
pela Polícia Federal e não conta com nenhuma data ou assinatura, mas tem como
remetente um ‘especialista do mercado financeiro’, que supostamente não estaria
satisfeito por não receber um pagamento de Teixeira, Rosell e de Cláudio
Honiggman, outro empresário que também faria parte da sociedade. Assim como
Teixeira, Rosell e Honiggman também foram indiciados pela PF no início deste
ano.
Desde 2011, a carta está
apreendida pela PF e também traz detalhes da compra de uma corretora, a Alpes,
em 2008, por R$25 milhões. Em uma parceria secreta, Teixeira teria dois sócios
neste empreendimento e a operação teria sido realizada para movimentar o
montante. Na possibilidade de não receber um suposto pagamento, o autor do
documento teria ameaçado o ex-presidente a revelar quem estaria por trás do
esquema.
A ligação de Teixeira com Rosell
foi descoberta em 2013. Na ocasião, a “Folha de São Paulo” revelou que a
empresa do espanhol pagou cerca de R$3 milhões a empresa da esposa de Teixeira,
por conta de vendas de escritórios comerciais na região do Leblon, no Rio de
Janeiro. Cinco anos antes, Rosell, por meio da Alianto, empresa de uma sócia,
recebeu cerca de R$9 milhões de verbas públicas para realizar um amistoso entre
Brasil e Portugal, em Brasília. A empresa responsável por organizar amistosos
da seleção brasileira ainda repassava parte dos lucros para as contas do
ex-presidente do Barça, nos Estados Unidos.
Fonte: O Povo