A investigação do FBI, a
polícia federal dos Estados Unidos, sobre corrupção no mundo do futebol, criou
um sério embaraço para a Globo, que detém os direitos exclusivo de transmissão
dos principais torneios nacionais e internacionais.
Segundo a Globo, estão sendo
investigadas apenas empresas empresas de marketing esportivo – e não grupos de
mídia. No entanto, essas empresas, como a Traffic, de J. Hawilla (sócio direto
da Globo), e a Klefer, de Kléber Leite, compravam os direitos dos torneios e os
revendiam à Globo. Eram, portanto, apenas, intermediários nas negociações com
as confederações (saiba mais em "EUA desenham caminho de propina que atinge a
Globo").
Por conta da proximidade
evidente com o esquema investigado pelo FBI, a Globo estuda, agora, demitir o
seu "rei do futebol". Trata-se do executivo Marcelo Campos Pinto, que
é quem negocia a compra de todos os torneios, em nome dos irmãos Marinho.
Segundo informação publicada no
Blog do Paulinho, especializado no mundo do futebol, Campos Pinto teria sido
pressionado a pedir demissão, mas ameaçou colocar "a boca no
trombone". Leia abaixo:
A investigação do FBI americano sobre
pagamento de propinas nos negócios envolvendo compra de direito televisivos dos
principais torneios de futebol do Planeta gerou uma crise interna na Rede Globo
que estourou, ontem, em reunião de diretores da emissora com o executivo
Marcelo Campos Pinto.
O clima foi tenso.
Responsável pela ligação da
Globo com o mundo da cartolagem (CBF, Federações e clubes), Pinto foi
pressionado a pedir demissão, mas o dirigente retrucou, ameaçando “botar a boca
no trombone”.
É grande o temor que os detidos, em delação premiada, possam, de
alguma maneira, comprometer a emissora.
Demitir Campos Pinto seria a
maneira de expor publicamente que a Globo teria sido vítima de negócios
realizados pelo executivo à margem do conhecimento dos diretores.
Mas como explicar a origem dos pagamentos mensais (que,
evidentemente, não sairam dos bolsos do funcionário), milionários, aos
dirigentes ?
Se para o público a solução imaginada é
colocar a culpa no “bode espiatório”, internamente, o executivo, já com
poderes diminuídos, é acusado de jogar para os dois lados, por vezes, em
benefício maior da cartolagem.
A maior rede de televisão do pais vive um drama que nem mesmo seus
melhores roteiristas de novelas poderiam imaginar.
Fonte: Brasil 247.













