Jornal dirigido por Francisco de Mesquita Neto justificou as
portas fechadas da Assembleia Legislativa do Paraná, na última quarta-feira,
como por receio do "tumulto" e do "vandalismo" dos
professores, que deixam ser representados, segundo o texto, por entidades que
querem constranger seu adversário político: "Não se pode esperar outra
reação da força de segurança destacada para fazer cumprir a lei – coisa que
esse pessoal com máscaras, pedras e paus, em seus delírios, vê como expressão
de um regime que pretende derrubar".
O
jornal O Estado de S. Paulo publicou um editorial vergonhoso em defesa da ação
policial comandada pelo governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), contra
professores na semana passada. Em pleno Dia do Trabalhador, o jornal apontou
uma "estratégia violenta" dos professores a fim de "criar um
novo constrangimento para o governo estadual e para as instituições
democráticas".
Para o Estadão, os professores se deixam ser representados
por entidades que querem "provocar situações embaraçosas para governos
administrados por seus adversários políticos e ideológicos". "A luta
dessa turma, portanto, nada tem a ver com a dos professores. Seu interesse está
mesmo é na confusão de valores, na desinformação e na desmoralização das
instituições democráticas, situação de onde a mazorca extrai sua força",
diz trecho do texto.
O jornal justifica a votação a portas fechadas na Assembleia
Legislativa de uma proposta de Richa que recebia críticas da categoria pelo
receio do que chama de "tumulto" e "vandalismo" dos
manifestantes, que já haviam impedido a votação da matéria três meses antes,
quando, segundo o texto, "a baderna triunfou sobre a democracia". A
PM cumpria uma ordem judicial, defende o Estadão.
O editorial prossegue com suas barbaridades ao dizer que os
servidores "forçaram a passagem que lhes estava vedada, provocando pronta
reação da polícia". E diz que "não se pode esperar outra reação da
força de segurança destacada para fazer cumprir a lei – coisa que esse pessoal
com máscaras, pedras e paus, em seus delírios, vê como expressão de um regime
que pretende derrubar".
Leia aqui a
íntegra.
Fonte:
Brasil
247.