Parte da mídia vem
dando cada vez mais espaço para as manifestações do
dia 15 de março, pelo pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. O
panelaço promovido ontem, logo após o discurso em rede nacional de Dilma, nas
varandas dos bairros nobres teve grande repercussão nos jornais de grande circulação.
O movimento que se
prepara para ir às ruas, se apresenta como democrático e representante do povo.
Mas dependendo de algumas de suas lideranças, não é bem assim.
Um dos líderes é o sargento da reserva da
Aeronáutica e professor de educação física Tôni Imbrósio Oliveira, de 58 anos.
Ele defende a tomada do poder pelos militares e diz que hoje não confia em
nenhuma instituição do Estado além das Forças Armadas.
Já a figura mais conhecida do “Vem pra rua” é
o empresário, Rogério Chequer, de 46 anos. Comenta-se que o movimento é ligado
ao PSDB (tendo feito passeatas a favor de Aécio Neves em 2014), mas Chequer
nega que o grupo receba dinheiro ou material de partido.
O que se percebe em todos esses movimentos é
que são todos compostos por pessoas de classes sociais privilegiadas,
como se notou neste domingo (08/03), logo após o discurso em rede
nacional, em que a presidenta Dilma pediu paciência e reafirmou seus
compromissos com o país.
O panelaço e os gritos de ódio partindo das
varandas de prédios em áreas nobres deixaram isso claro.
Fica a pergunta: por que os que podem comer,
estudar, trabalhar, ter hospitais para atendimentos de saúde, ao invés de
estarem batendo suas panelas cheias, não estão procurando o caminho da paz?
Sabemos muito bem que o ódio não constrói.
A radicalização do ódio, com certeza não
trará benefícios para os que radicalizam. Só servirá para fazer emergir um
líder “mais louco”, que com mais insensatez e mais violência, poderá a vir a
ser nosso comandante.
Fonte: Jornal
do Brasil.