segunda-feira, 9 de março de 2015

Enquanto os pobres calam á elite ou, os panelas (cheias) dos que odeiam a democracia tentam ditar o discurso.

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Parte da mídia vem dando cada vez mais espaço para as manifestações do dia 15 de março, pelo pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. O panelaço promovido ontem, logo após o discurso em rede nacional de Dilma, nas varandas dos bairros nobres teve grande repercussão nos jornais de grande circulação. 
O movimento que se prepara para ir às ruas, se apresenta como democrático e representante do povo. Mas dependendo de algumas de suas lideranças, não é bem assim.
Uma matéria publicada nesta segunda-feira (09/03) pela Folha de S.Paulo cita um grupo chamado “Legalistas”, que tem convocado simpatizantes do golpe militar no Rio de Janeiro. 
Um dos líderes é o sargento da reserva da Aeronáutica e professor de educação física Tôni Imbrósio Oliveira, de 58 anos. Ele defende a tomada do poder pelos militares e diz que hoje não confia em nenhuma instituição do Estado além das Forças Armadas.
Há também os que pregam a cartilha liberal, com enxugamento do Estado e a privatização de empresas públicas. Kim Kataguiri, de 19 anos, largou o curso de Economia na Federal do ABC. Ele justificou em entrevista à Folha: "Eu sabia mais do que o professor, que não conhecia nem Milton Friedman (economista americano ídolo dos liberais), e o pessoal me chamava de ‘reacinha’". Kim faz parte do MBL, o Movimento Brasil Livre, favorável ao impeachment.
Já a figura mais conhecida do “Vem pra rua” é o empresário, Rogério Chequer, de 46 anos. Comenta-se que o movimento é ligado ao PSDB (tendo feito passeatas a favor de Aécio Neves em 2014), mas Chequer nega que o grupo receba dinheiro ou material de partido.  
O que se percebe em todos esses movimentos é que são todos compostos por pessoas de classes sociais privilegiadas, como se notou neste domingo (08/03), logo após o discurso em rede nacional, em que a presidenta Dilma pediu paciência e  reafirmou seus compromissos com o país. 
O panelaço e os gritos de ódio partindo das varandas de prédios em áreas nobres deixaram isso claro.
Fica a pergunta: por que os que podem comer, estudar, trabalhar, ter hospitais para atendimentos de saúde, ao invés de estarem batendo suas panelas cheias, não estão procurando o caminho da paz? Sabemos muito bem que o ódio não constrói.
A radicalização do ódio, com certeza não trará benefícios para os que radicalizam. Só servirá para fazer emergir um líder “mais louco”, que com mais insensatez e mais violência, poderá a vir a ser nosso comandante.
Fonte: Jornal do Brasil.
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