Presidente
da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) foi a sessão pública na
Assembleia Legislativa de São Paulo nesta sexta-feira (27) e foi recebido com
vaias por um grupo de manifestantes que ostentavam cartazes com adjetivos como
'machista' e 'corrupto', dirigidos ao parlamentar. Os manifestantes acabaram
sendo retirados da galeria pela Polícia Militar.
Na tentativa de abafar o som das vaias, os políticos, entre
eles o secretário municipal de Relações Governamentais, Alexandre Padilha (PT),
aplaudiram Cunha.
A maioria dos manifestantes, segundo publicação do site da
Folha de São Paulo, era de integrantes do 'Juntos!', movimento ligado ao PSOL.
Cunha iniciou sua fala, mas foi interrompido diversas vezes aos gritos de:
"O povo quer falar, Constituinte já!'.
Indiferente, o presidente da Câmara pediu educação aos
manifestantes. "A educação manda que a gente aprenda a escutar, até para
que a gente possa discutir".
Os manifestantes retrucaram: 'Machista, machista, não
passarão! Fora Cunha! Corrupto!'. Os dois manifestantes que entraram com faixas
de protesto foram retirados do plenário pela PM assim que entraram.
Avaliando a situação como "constrangedora", o
deputado estadual Luiz Fernando Machado (PSDB) pediu ao presidente da Casa,
Fernando Capez, seu correligionário, que as galerias fossem esvaziadas, ou que
a sessão fosse encerrada.
Capez optou por esvaziar as galerias da Assembleia
Legislativa. Policiais militares foram, a princípio, conversar com os
manifestantes, pedindo que saíssem. Com a recusa, os PMs empurraram e puxaram
pela camisa e pelo braço os cerca de 50 presentes, segundo a Folha.
Só então Cunha continuou a falar. Disse: "Cumprimentos
aos intolerantes, os intolerantes sempre merecem os nossos cumprimentos".
Fonte: Brasil 247.