O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), anunciou
hoje (3) que a Mesa Diretora revogou a autorização de compra de passagens aéreas para cônjuges de
deputados.
A permissão de
compra de passagens foi aprovada na semana passada. A decisão da Mesa Diretora
autorizava os deputados a utilizar o valor da cota para pagar a passagem aérea
do seu cônjuge, desde que o trajeto fosse entre o estado de origem e Brasília.
Com a revogação,
a utilização da cota volta a ser permitida para a emissão de bilhetes aéreos somente
para os deputados e seus assessores de gabinete. De acordo com o presidente da
Casa, eventuais excepcionalidades serão analisadas pela Mesa Diretora.
“Eventuais excepcionalidades serão examinadas caso a caso, se assim alguém
requerer”, afirmou Cunha, citando como exemplo a deputada Mara Gabrilli
(PSDB-SP) que, em virtude de ser tetraplégica, conseguiu autorização para que a
cota também fosse utilizada na compra de passagens para acompanhante.
Em virtude da
repercussão da medida, Cunha havia anunciado ontem a possibilidade de a Mesa
Diretora recuar da decisão do último dia 25, quando também foi anunciado o
reajuste de diversas verbas parlamentares, incluindo a de gabinete, que passa
de R$ 78 mil para R$ 92.053 mensais. O auxílio-moradia subiu de R$ 3,8 mil para
R$ 4,2 mil.
Além desses, o
chamado cotão (verba indenizatória) teve reajuste de 8%, passando de R$
27.977,26 para R$ 30.215,44, o menor valor recebido por deputados, no caso os
do Distrito Federal. O maior é destinado aos deputados de Roraima e passará de
R$ 41.612,80 para R$ 44.941,62.
Fonte:
Jornal
do Brasil.