Empresário transferiu R$ 25 milhões para Flávia Sampaio, mãe
de seu filho caçula, R$ 15 milhões para sua ex-mulher Luma de Oliveira e R$ 137
milhões para Thor, seu filho mais velho: “Qual a razão para tamanhas doações no
momento em que a empresa entrou em crise e em que Eike já não pagava suas
obrigações? Isso pode indicar escamoteamento de bens. Todos precisarão se
explicar”, disse o juiz Flávio Roberto de Souza.
Com
suas empresas em crise e tendo que injetar R$ 1 bilhão na OGX, o empresário
Eike Batista transferiu R$ 40 milhões para suas ex-mulheres e R$ 137 milhões
para seu filho mais velho, Thor Batista.
Flávia Sampaio, mãe do filho caçula de Eike, R$ 25 milhões, e
Luma de Oliveira, mãe de Thor e Olin, R$ 15 milhões.
As movimentações estão na origem do bloqueio de bens no valor
de R$ 3 bilhões exigido pelo juiz Flávio Roberto de Souza, titular da 3ª Vara
Criminal do Rio de Janeiro.
“São cifras muito altas. Por que todas essas transferências
foram feitas? Qual a razão para tamanhas doações no momento em que a empresa
entrou em crise e em que Eike já não pagava suas obrigações? Isso pode indicar
escamoteamento de bens. Todos precisarão se explicar”, disse o magistrado.
Segundo o juiz, o aumento do valor dos danos causados pelas
empresas do empresário foi outra motivação do arresto de bens: “A cláusula put
(que previa a injeção de US$ 1 bilhão na OGX pelo empresário), que nunca foi
cumprida, tinha valor fixado em dólar em 2012. De lá para cá, a moeda americana
subiu exponencialmente. O que temos bloqueado hoje, R$ 230 milhões, já não
cobriria a put. Além disso, os crimes pelos quais Eike Batista responde preveem
pena de multa de até três vezes o valor do dano”.
Leia aqui reportagem
de Glauce Cavalcanti sobre o assunto.
Fonte:
Brasil
247.