Diretora
da Central Globo de Jornalismo, Silvia Faria, determinou a todos os chefes de
núcleo em email enviado no fim de semana: "Tirar trecho que menciona FHC
nos VTs sobre Lava a Jato (...) revisem os vts com atenção! Não vamos deixar ir
ao ar nenhum com citação ao Fernando Henrique"; emissora dirigida por João
Roberto Marinho deu o recado depois de reportagem ter procurado o ex-presidente
para repercutir as declarações de Pedro Barusco, de que recebia propinas na
Petrobras desde 1997, antes do governo Lula; o Jornal Nacional sequer divulgou
a acusação de Baruco, mas deu total destaque à resposta de FHC sobre o caso;
segundo o tucano, em seu governo, as propinas eram fruto de negociação
individual de Barusco com seus fornecedores; no governo Lula, de acerto
políticos.
O
direcionamento no noticiário da Globo, emissora dirigida pelo herdeiro João
Roberto Marinho, a fim de prejudicar o atual governo da presidente Dilma
Rousseff, e apoiando, assim, a campanha pelo impeachment, está mais do que
comprovado. Neste fim de semana, a diretora da Central Globo de Jornalismo,
Silvia Faria, enviou o seguinte email a todos os chefes de núcleo da emissora:
"Assunto: Tirar trecho que
menciona FHC nos VTs sobre Lava a Jato
Atenção para a orientação
Sergio e Mazza: revisem os vts
com atenção! Não vamos deixar ir ao ar nenhum com citação ao Fernando
Henrique".
O email foi divulgado pelo jornalista
Luís Nassif neste domingo, em seu blog. O recado foi enviado após a
veiculação de uma reportagem que procurou o ex-presidente Fernando Henrique
Cardoso para repercutir as declarações do ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco
– de que recebia propinas na estatal desde 1997, antes do governo Lula. Barusco
prometeu devolver aos cofres públicos uma fortuna de US$ 97 milhões em dinheiro
desviado.
No Jornal
Nacional, a acusação de Barusco sequer foi divulgada, mas deu-se todo destaque
ao comentário de FHC sobre o caso (assista aqui). O tucano assegurou que, no
seu governo, as propinas eram fruto de negociação individual entre Barusco e os
fornecedores. Já no governo Lula, eram fruto de acertos políticos.
Fonte:
Brasil
247.