Teoria do ex-presidente tem dois pesos e duas
medidas: roubalheira na época de seu governo é culpa exclusiva do ex-gerente da
Petrobras; já os malfeitos ocorridos nas gestões petistas são de
responsabilidade de Lula e de Dilma; em carta enviada ao Jornal Nacional, o
ex-presidente tucano diz que o delator é explícito ao dizer que tratava-se de
acordo direto entre ele e o representante de uma empresa; disse ainda desejar
que a Justiça vá até o fim na investigação da Operação Lava Jato, embora tenha
reforçado que as alegações de Barusco são sobre propinas pagas nos governo do
PT.
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou na
noite do sábado (7) que não pode ser envolvido com a roubalheira promovida pelo
o ex-gerente da Petrobras, Pedro Barusco, em 1997, ano em que governava. Em
carta enviada ao Jornal Nacional, o decano tucano diz que deseja que a Justiça
vá até o fim na investigação da Operação Lava Jato.
O ex-presidente alega que o depoimento de Barusco é
extremamente minucioso e que, sobre as propinas anteriores às recebidas no
governo Lula, o ex-gerente é explícito ao dizer que tratava-se de acordo direto
entre ele e o representante de uma empresa.
FHC garantiu que não existe qualquer alusão ao seu
governo neste depoimento de Pedro Barusco à Justiça. E que as alegações
específicas de Barusco - sendo verdadeiras - são sobre propinas pagas durante
os governos de Lula e Dilma, e com citações do delator a empreiteiras,
funcionários da Petrobras e o tesoureiro do PT, partido que, em geral, segundo
os depoimentos, teria ficado com a maior parte das propinas.
O PT também refutou as declarações de Barusco.