O deputado estadual eleito pelo
Partido Socialismo e Liberdade (Psol), Renato Roseno, foi um dos parlamentares
convidados pelo governador Camilo Santana (PT), para conversar sobre os planos
da gestão e ouvir as demandas de cada um. Roseno declarou ao Ceará 247que não aceitou o convite para ir ao
Palácio da Abolição “por não ter pauta individual” para tratar com o chefe do
executivo estadual. E complementou "que não tem nada para tratar com o
governador, menos ainda em particular. “O que posso vir a falar com ele é sobre
movimentos sociais”, disse. O parlamentar ressalta que continuará fazendo
oposição ao governo do PT e não fugirá da ideologia que vem seguindo há anos.
Na Assembleia, Roseno fará a
“oposição solitária”. O deputado Ely Aguiar (PSDC), do "Grupo dos 13"
havia falado também ao Ceará 247, da possível entrada de Roseno no bloco
que vai reunir a oposição na Casa. O psolista negou e disse que “jamais
aceitaria ficar sob liderança” dos senadores Tasso Jereissati (PSDB) e Eunício
Oliveira (PMDB). “A atual composição na Casa me coloca em um desafio
gigantesco. Mas não vou fazer oposição de direita, como vem acontecendo”,
destacou.
Indagado
de como será sua atuação na Assembleia, Roseno afirmou que fará o papel de
denunciante de tudo que estiver errado. “Não posso fazer de conta que tá tudo
bem no Governo, porque não está. A gestão anterior seguiu a mesma doutrina do
governo federal. E nesta continuará fazendo o mesmo. Continuarei fazendo
oposição, exercendo, de fato, a esquerda do Estado. “Esse será um governo de
continuidade, de riqueza. A gestão vai continuar destruindo a natureza e
levantando grandes prédios. Camilo é representante dos Ferreira Gomes”,
destacou.
Crítico radical em relação ao Governador, Renato Roseno
criticou a indicação do secretariado. Segundo ele, a escolha da equipe foi
baseada em moeda de troca. Afirmou ainda não dar nenhum crédito ao novo
governo, principalmente, em função do momento de crise econômica que vive o
Brasil e vai refletir no Ceará. Para Renato Roseno o anúncio do corte de
gastos feito pelo governador vai prejudicar as políticas sociais. Na opinião
dele, a lógica do orçamento público deveria ser alterada, mas não apontou qual
seriam as alterações necessárias.
Sobre a indicação do ex-governador Cid Gomes para o
Ministério da Educação, considerou lamentável pelo histórico de violência no
trato com os professores. Renato Roseno criticou ainda os resultados positivos
na educação, alcançados pelo Ceará na gestão Cid Gomes, particularmente o PAIC
(Programa de Alfabetização na Idade Certa), afirmando ter divergências de
concepção sobre o processo de alfabetização.
Renato Roseno disse estar viajando pelo interior do Estado
“fortalecendo as bandeiras de luta do Psol”. Segundo ele, já percorreu mais de
três mil quilômetros, visitando as Região dos Inhamuns e Cariri, entre outras.
Fonte:
Ceará
247.