Depois da Holanda, que seuniu ao Brasil neste fim de semanacontra a
pena de morte na Indonésia, onde um brasileiro foi executado no último sábado
17, agora é a vez de o governo australiano se manifestar contra a barbárie.
Brasil e Holanda convocaram seus embaixadores. "É um castigo cruel e
desumano", declarou o ministro das Relações Exteriores holandês, Bert
Koenders.
Hoje,
a ministra australiana dos Negócios Estrangeiros, Julie Bishop, classificou a
pena de morte como aberração. A Indonésia tem dois australianos no corredor da
morte. O Brasil foi criticado por tentar livrar da morte o brasileiro Marco
Archer, sem sucesso. A defesa do também brasileiro Rodrigo Gularte tenta agora
interná-lo em um hospital psiquiátrico às pressas a fim de livrá-lo do
fuzilamento.
Leia abaixo reportagem da Agência Brasil sobre a declaração
da Austrália sobre a pena de morte:
Chanceler australiana considera
pena de morte uma aberração
Da
Agência Brasil - A ministra australiana dos Negócios Estrangeiros, Julie
Bishop, classificou hoje (19) a pena de morte uma aberração e disse que lutará
até o fim pela vida dos dois australianos que estão no corredor da morte por
narcotráfico na Indonésia.
"O governo australiano é contra a pena de morte em todas
as instâncias e tem sido uma posição consistente de todos os governos há muitos
anos e, por isso, somos contra uma situação em que cidadãos do país estejam
prestes a ser executados", disse.
Os australianos Myuran Sukumaran e Andrew Chan estão no
corredor da morte na Indonésia onde, no sábado (17), foram executados, por
fuzilamento, seis condenados por tráfico de droga, entre eles o carioca Marco
Archer Cardoso Moreira, de 53 anos. Ele foi o primeiro brasileiro executado por
crime no exterior.
A execução do brasileiro criou uma crise diplomática entre
Brasil e Indonésia. A presidenta Dilma Rousseff – que chegou a fazer um apelo
ao presidente indonésio Joko Widodo para que Archer não fosse morto -, se disse
"consternada" e "indignada" e convocou para consultas o
embaixador do Brasil em Jacarta. No meio diplomático, a medida representa uma
espécie de agravo ao país no qual está o embaixador. O ministro das Relações
Exteriores, Mauro Vieira, disse que a execução causa "uma sombra" na
relação entre o Brasil e a Indonésia.
O governo indonésio tem recusado, até o momento, qualquer
pedido de clemência para os condenados à morte.
Fonte:
Brasil
247.